RESUMO CRÍTICO - BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS
SANTOS, Boaventura. Um discurso sobre as ciências. Porto: Afrontamento, 2002.
Boaventura de Sousa Santos nasceu a 15 de novembro de 1940, em Coimbra, Portugal. É doutor em sociologia do direito pela Universidade de Yale, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É também director dos Centro de Estudos Sociais e do Centro de Documentação 25 de Abril e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa - todos da Universidade de Coimbra. Participa da coordenação …exibir mais conteúdo…
O mundo-máquina (mecanicista) que fora “construído” na hipótese da modernidade passa a ser sustentáculo de transformação tecnológica do real, aspirado pela sociedade da época (a burguesia), que desfoca o objeto de estudo do centro das ciências naturais. Entretanto, pela própria complexidade e opacidade desse objeto – o homem -, as ciências sociais não estabeleceram leis universais em função da própria natureza humana, “pois os seres humanos modificam seu comportamento em função do conhecimento que adquirem” corroborando com o pensamento do autor que diz que os fenômenos sociais são historicamente condicionados e culturalmente determinados, impossibilitando as ciências sociais de produzir previsão fiáveis sobre o ser humano.
A CRISE DO PARADIGMA DOMINANTE
É a crise da racionalidade. Irreversível e diante de uma pluralidade de condições (teóricas e sociais) especialmente pelo avanço no campo do conhecimento. Neste contexto, observa-se que a crise da ciência moderna perde seu rigor à seletividade de critérios, perdendo em capacidade de auto-regulação, portanto, óbvias e, neste caso, com o olhar diferenciado e construído em Aristóteles, por exemplo, vislumbra possibilidades de abordagens onde alguns conceitos têm de ser reformulados, tais como, determinismo, mecanicismo, a desordem, a criatividade e o acidente, em vez da necessidade.
Diante desse quadro,