resumo Critica da razão indolente
Pag. 45 até 94
INTRODUÇÃO
Boaventura de Sousa Santos é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É igualmente Director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa.
Dirige atualmente o projeto de investigação ALICE - Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências o mundo, um projeto financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC), …exibir mais conteúdo…
A contingência global e a convencionalidade minaram a regulação sem promover a emancipação: enquanto a regulação se torna impossível, a emancipação torna-se impensável.
A expansão da capacidade de ação não se faz acompanhar da expansão da capacidadede previsão, portanto a previsão das consequências da ação científica é necessariamente muito menos científica que a ação científica em si mesma.
Hoje corre-se o risco da destruição maciça através da guerra ou do desastre ecológico; a opacidade é atualmente a opacidade dos nexos de causalidade entre as ações e as suas consequências; a violência continua a ser a velha, violência da guerra, da fome e da injustiça, agora associada à nova violência da hubris industrial relativamente aos sistemas ecológicos e à violência simbólica que as redes mundiais da comunicação de massa exercem sobre as suas audiências cativas.
Nos períodos de transição difíceis de entender e de percorrer, é necessário voltar as coisas simples, à capacidade de formular perguntas simples como Einstein costumava dizer, só uma criança pode fazer, mas que depois de feitas, são capazes de trazer uma luz nova à perplexidade. A criança preferida deBoaventura de Sousa Santos é Jean-Jacques Rousseau que dizia entre outros pensamentos o seguinte: Contribuirá a ciência para diminuir o fosso crescente na nossa sociedade entre o que se é e o que se aparenta ser, o