Caos e complexidade nas organizações
Resumo: O maior dos desafios para as empresas tem sido a tentativa (freqüentemente mal-sucedida) de acompanhar a evolução de seus ambientes. Tamanha dificuldade se deve a dois fatores: primeiro, as empresas desejam sempre chegar a algum estado estável, acreditando ser isto possível pela adaptação às mudanças ocorridas no ambiente externo (princípio do retorno ao equilíbrio); segundo, acredita-se também que decisões e ações conduzam aos resultados previstos (princípio da linearidade causa-efeito). O que a ciência contemporânea vem demonstrando, por meio das Teorias do Caos e da Complexidade, é que tanto o equilíbrio quanto as relações lineares de …exibir mais conteúdo…
Logo as organizações seriam concebidas para funcionar como máquinas orientadas à minimização da incerteza. A palavra-chave explícita era, sem sombra de dúvida, "eficiência", mas a palavra-chave implícita era "equilíbrio", e os objetivos eram: estabilidade, regularidade, confiabilidade e precisão.
Ora, os enfoques mecanicistas da organização só podem funcionar bem em condições nas quais máquinas funcionem bem, por exemplo quando as mesmas tarefas precisam ser desempenhadas continuamente, ou quando se produz apenas produtos padronizados. Uma empresa-máquina é projetada para atingir objetivos pré-determinados, e por isso apresenta dificuldades de adaptação a mudanças no ambiente externo. De uma máquina espera-se que seja eficiente, não que seja criativa ou inovadora diante do imprevisto.
Mas ao longo do século XX a ciência atualizou sua visão clássica de uma realidade em permanente equilíbrio para a visão de uma realidade sujeita, sim, a perturbações - mas que tendia naturalmente a retornar ao equilíbrio. Nessa nova etapa, a palavra-chave eficiência foi substituída pela palavra-chave eficácia. Não bastava mais fazer bem feito, era