Conhecimento
O QUE E CONHECIMENTO?
Pedimos somente um pouco de ordem para nos proteger do caos. Nada é mais doloroso, mais angustiante do que um pensamento que escapa a si mesmo, idéias que fogem, que desaparecem apenas esboçadas, já corro idas pelo esquecimento ou precipitadas em outras, que também não dominamos.
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Introdução
A epígrafe deste capítulo se refere ao esforço constante que anima o homem a compreender. Diante do caos - que não significa vazio, mas desordem - procuramos estabelecer semelhanças, diferenças, contigüidades, sucessão no tempo, causalidades, que possibilitem "pôr ordem no caos". Mesmo porque so assim será possível ao homem também agir sobre o mundo e tentar transformá-lo. O conhecimento é o pensamento que …exibir mais conteúdo…
Mas nós apreendemos o real também pela intuição, que é uma forma de conhecimento imediato, isto é, feito sem intermediários, um pensamento presente ao espírito. Como a própria palavra indica (tueriem latim significa "ver"), intuição é uma visão súbita. Enquanto o raciocínio é discursivo e se faz por meio da palavra, a intuição é inefável, inexprimível: como poderíamos explicar em que consiste a sensação do vermelho'! A intuição é importante por ser o ponto de partida do conhecimento, a possibilidade da invenção, da descoberta, dos grandes "saltos" do saber humano. Partindo de uma divisão muito simplificada, a intuição pode ser de vários tipos:
- intuição sensível - é o conhecimento imediato que nos é dado pelos órgãos dos sentidos: sentimos que faz calor; vemos que a blusa é vermelha; ouvimos o som do violino. - intuição inventiva - é a do sábio, do artista, do cientista, quando repentinamente descobrem uma nova hipótese, um tema original. Também na vida diária, enfrentamos situações que exigem soluções criativas, verdadeiras invenções súbitas. - intuição intelectual - é a que se esforça por captar diretamente a essência do objeto. Por exemplo, a descoberta de Descartes do cogito (eu pensante) enquanto primeira verdade indubitável. Conhecimento discursivo Para compreender o mundo, para "organizar o caos", a razão supera as informações concretas e imediatas que recebe, organizando-as em