O mau selvagem e o bom civilizado e o bom selvagem e o mau civilizado
A partir da descoberta do Novo Mundo, que teve contato com outros povos até o momento desconhecidos, surgiu a pergunta se estes pertenciam à humanidade, levando em consideração a religiosidade, queriam saber se estes povos tinham alma. Então, surgiram duas posturas diante disso: a fascinação e a recusa do estranho. Las Casas, dá um exemplo de fascinação, em defesa dos índios, considera que eles eram iguais, ou até superiores à nação espanhola.
E o jurista Sepulvera, fala da dominação como algo divino, justo e útil. Dizendo que aqueles que tinham capacidade intelectual, razão, virtude, ainda que não possuíssem força física para exercer tal trabalho, eram considerados “senhores” por natureza. Já por outro lado, mesmo aqueles que tinham força física para exercer todas as tarefas necessárias, eram vistos como povos preguiçosos e de espírito lento, “servos”.
O mau selvagem era designado por não ter uma sociedade organizada, não ter religião, leis, moral, considerados “bárbaros”. Já os bons selvagens, eram vistos como bons, por não terem contato com a civilização, por estarem perto e preservarem a natureza, viviam de um modo natural. O mau civilizado é visto por não acreditar em nenhum deus, por ser pronto a massacrar seus semelhantes, a até compartilhar suas mulheres, igualmente os bárbaros. Já o bom civilizado é religioso, visa o bem de seu grupo e o benefício de todos.