Recenção crítica de "discurso sobre a origem e fundamentos da desigualdade entre os homens"

2479 palavras 10 páginas
Introdução
Neste trabalho final de Seminário de Estudo Orientado III, para elaborar a recenção crítica, escolhi o livro “Discurso sobre a origem e fundamentos da desigualdade entre os homens”.
Esta obra foi escrita por Rousseau com o objectivo de responder à questão proposta pela
Academia de Dijon “Qual é a origem da desigualdade entre os homens e se é autorizada pela lei natural.” Em resposta, Rousseau divide o livro em duas partes, sendo que na primeira o homem é analisado, tanto em seu estado natural, como civilizado e, na segunda, é defendida a ideia de que as desigualdades têm origem no estado de sociedade.
Com esta resenção pretendo realizar um resumo acerca da obra e salientar alguns aspectos que me pareceram mais
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Na primeira parte do seu discurso, afirma que não irá, como Aristóteles, pesquisar os desenvolvimentos sucessivos do homem já que seriam apenas conjecturas vagas. Reflecte que o homem é desavantajado em relação a outros animais em termos de força e agilidade, mas é mais organizado. Sem instintos em particular, alimenta-se diversificadamente. Neste estado de natureza é ela que trata de manter vivas as crianças mais fortes e matar as mais fracas2, ao contrário do que sucede nas sociedades em que o Estado torna os filhos tão onerosos que os mata “indistintamente antes do seu nascimento”. (op. cit., p. 27)3
Ao contrário do que pensava Hobbes, o homem não é naturalmente combativo mas tímido e pronto a fugir. Os inimigos do homem eram as doenças, a infância e a velhice, e não os animais, pois estes só atacam se se sentirem ameaçados ou estiverem em fome extrema. Reflecte também acerca das doenças, dizendo que não há qualquer observação que mostre que nos países onde a medicina é menos avançada a média de vida seja menor; os males são causadas por nós próprios devido à desigualdade, originada pela vontade, na maneira de viver e de alimentar. Acrescenta que se a natureza nos destinou a ser sãos “quase me atrevo afirmar que o estado de reflexão é um estado contra a natureza e que o homem que medita é um animal depravado.”4 (op. cit., p. 30) Males originidos pelo homem necessitam remédios que no estado natural seriam desnecessários.
Comodidades como esta

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