Degradação de aminoácidos- triptofano e glicina
A degradação dos aminoácidos compreende a remoção e a excreção do grupo amino e a oxidação da cadeia carbônica remanescente. O grupo amino é convertido a uréia e as 20 cadeias carbônicas resultantes são convertidos a compostos comuns ao metabolismo de carboidratos e lipídios, ou seja, piruvato, acetil-CoA e intermediários do ciclo de Krebs.
REMOÇÃO DO GRUPO AMINO DOS AMINOÁCIDOS
O grupo amino da maioria dos aminoácidos – alanina, arginina, aspartato, asparagina, cisteína, fenilalanina, glutamina, isoleucina, tirosina, triptofano e valina – é retirado por um processo comum, que consiste na transferência deste grupo para o α-cetoglutarato, formando glutamato; a cadeia carbônica do …exibir mais conteúdo…
O fumarato pode ser convertido a oxaloacetato, por reações análogas às do ciclo de Krebs. O oxaloacetato, por transaminação, forma aspartato. Considerando-se este acoplamento, há produção, pela malato desidrogenase, de 1 NADH, que forma 3 ATP através da fosforilação oxidativa, reduzindo para uma ligação rica em energia o consumo da síntese de uréia. Como a amônia é tóxica e a sua conversão em uréia ocorre no fígado, o NH4+ produzido nos outros tecidos, para ser transportado ao fígado, é incorporado em compostos não-tóxicos e que atravessam membranas com facilidade: glutamina, na maioria dos tecidos extra-hepáticos, e alanina, no músculo. A glutamina é sintetizada a partir de NH4+ , glutamato e ATP, numa reação catalisada pela glutamina sintetase. Uma vez no fígado, o grupo amida da glutamina é hidrolisado pela glutaminase, liberando NH4+ , que pode, então, ser consumido pelo ciclo da uréia.
DEGRADAÇÃO DA CADEIA CARBONICA DOS AMINOÁCIDOS
Removido o grupo amino do aminoácido, resta sua cadeia carbônica, na forma de α-cetoácido. As vinte cadeias carbônicas não têm uma via comum de degradação. Embora existam vias próprias para a oxidação da cadeia carbônica de cada aminoácido, estas diferentes vias de degradação convergem para a produção de apenas alguns compostos: piruvato, acetil-CoA ou intermediários do ciclo de Krebs. A partir deste ponto, o metabolismo da cadeia carbônica dos aminoácidos confunde-se