Alecrim e manjerona

1534 palavras 7 páginas
Introdução:

Dotada de um gênio cômico e satírico a ópera lírico-jacosa “Guerra de Alecrim e Manjerona” de Antônio José da Silva, vem desprezar todas as regras estabelecidas pela sociedade do séculos XVIII e atender ao estado em que o povo se encontra. Uma peça fabulosa que com um tema sutil irá explorar, criticar e denunciar aspecto de uma sociedade portuguesa totalmente vinculada e oprimida sob a imposição religiosa e política de uma época. Literalmente um marco na história da Literatura Portuguesa.

Objetivo: O estudo dessa obra se deu através das aulas da disciplina de Literatura Portuguesa, ministradas pela Professora Zilda Ferreira Barbosa e tem como principal objetivo fazer uma análise a partir de uma visão crítica
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A peça critica de forma divertida vários aspectos polemizados na época, a medicina, injustiças, a corrupção, os fidalgos, avarentos, casamentos por interesse e até mesmo a Inquisição, debochando do Santo Ofício. Por intermédio de uma visão carnavalesca a sociedade consegue driblar a censura e denunciar – “o atraso que enfermava o ensino e prática da Medicina em Portugal”. (SILVEIRA, 1992, p.74) Deste paradigma, foca-se no excerto em que D. Tibúrcio estirado numa cama, padecendo uma forte dor na barriga “Ai, minha barriga, que morro!...” (p. 121) implora ajuda aos falsos médicos (os fidalgos D. Gilvaz de D. Fuas e o criado (Semicúpio) chamados às pressas a pedido de D.Lancerote, o velho muquirana. Desta cena participam, também, as personagens D. Nize e D. Clóris e as criadas Fagundes e Sevadilha. Esse episódio da obra de Antonio José faz referência a uma situação cotidiana da vida da sociedade lisboeta, um indivíduo adoece e o médico é logo requisitado. No entanto, na cena em questão, descreve-se grotescamente a situação do paciente e as atitudes absurdas dos falsos médicos. Ambos, paciente e médico, são paródias, objeto de escárnio no texto. Realiza-se o arremedo visando o escárnio dos profissionais da medicina e de seus pacientes. Apresenta-se ao leitor/espectador o cômico da cena por meio de uma visão carnavalesca da situação cujo objetivo era o de divertir o público que assistia á peça.

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