emprestimos linguisticos e girias
Gíria é a linguagem especial, usada pelos indivíduos que abraçam uma mesma carreira ou profissão.
A especialização nos vários misteres ou ofícios, a que a vida obriga o homem, leva-o à criação de termos ou meios de expressão particulares, estranhos a todos os que não façam parte do grupo social. É assim que há, uma gíria dos militares, dos estudantes, dos pedreiros, dos sapateiros, etc.
Em sentido estrito, gíria é a linguagem especial dos malfeitores. Os indivíduos que vivem do crime são impelidos pela necessidade da própria defesa, a criar um sistema peculiar de sinais, ou seja, uma linguagem em que concertem os seus planos de ação, sem o risco de serem os seus segredos descobertos pela polícia. Nesta significação, a gíria é sinônimo de calão.
Temos como exemplo as gírias paulistanas que nem sempre viram mania nacional como as do Rio de Janeiro, onde recentemente nasceram sangue bom, sarado, ah!, eu tô maluco!, originam-se, segundo os jovens da capital, nos bailes funk e escolas e entre praticantes de skate e de surfe.
Depois de criadas, elas podem ser ouvidas nas conversas de jovens de todas as regiões da cidade. Além das já imortalizadas mina e ô, meu, são incontáveis as expressões inventadas pelos jovens. Porém, os mesmos, definem “A gíria é para ser dita e não escrita”.
“O estudo da gíria, diz Leite de Vasconcelos, não é tão inútil como muitas pessoas, alheias a estudos de glotologia, suporão ao repente: em primeiro lugar, importa ao tribunal, agentes