Prudencia em aristóteles
Pois ela trata de escolher os caminhos pelos quais devemos percorrer para conseguir chegar à finalidade, analisando nesses caminhos seus possíveis atalhos ou emboscadas. Portanto com ela pode-se desfrutar mais e sofrer menos durante o caminho para alcançar tal fim, sem deixar de levar em consideração o que o real possa vir a impor. E é por isso que ela condiciona as outras virtudes, é insubstituível; nenhuma, sem ela, saberia o que fazer, seriam virtudes cegas ou indeterminadas. E por isso diz-se que a prudência não reina, mas governa, pois ela é que dá as ordens.
Como já foi dito, prudência é a virtude da boa deliberação, e é por isso que ela pertence ao pensamento. Entretanto, não é qualquer espécie de pensamento, já que a boa deliberação é um tipo de deliberação correta e segundo o próprio Aristóteles: “a boa deliberação é correção que reflete o que é benéfico, sobre a coisa certa, de forma correta e no tempo certo” (ARISTÓTELES apud MARQUES RAMIRO, 1995, p.136). Porém só se pode deliberar sobre os meios e nunca sobre seus fins. Escolhe-se certo fim, por meio da alma racional e delibera-se sobre os meios mais eficazes para se chegar a tal fim. E só deliberamos sobre coisas que estão ao nosso alcance, coisas que podemos fazer.
Ele ainda alega haver relação entre prudência e inteligência, se ter deliberado bem é próprio de uma pessoa inteligente, a boa