Principio da imparcialidade - Jurados

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A imparcialidade do Júri é fundamental. Parcialidade e justiça são idéias antitéticas. Não é raro que o crime apaixone a opinião pública, gerando no meio social – de onde são tirados os jurados -, antipatia, malquerença e mesmo ódio contra o réu, não raro sendo que aqueles que vão servir no júri manifestem sua opinião contra o acusado, embora sem conhecerem o delito nos pormenores descritos pelo processo, disso surgindo situação incompatível com a Justiça.
Os sete jurados, que fazem parte do conselho de sentença decidem sem a obrigação de fundamentar ou motivar seu voto. Os jurados devem manter-se incomunicáveis durante a sessão, e o julgamento para que seja respeitado o princípio da imparcialidade. Em defesa do réu em relação ao referido princípio, Marisa Lazara de Góes aduz “[...] a convicção e a opinião dos jurados devem ser preservadas das influências externas a fim de garantir um julgamento justo e imparcial, embasado na segurança e no maior grau de certeza possível para a busca da verdade real.”
Portanto, percebe-se claramente que é preciso haver indícios sobre a imparcialidade dos jurados. Destarte, muitas vezes, configura imparcialidade a simples reação favorável ou não da imprensa, o poder econômico e político do réu, popularidade do acusado, principalmente em comarcas pequenas, onde todos se conhecem e por consequência sabem “popularmente” o motivo do crime, o que se diga de costume nestas localidades de interior, ou cidades pequenas, onde os moradores se

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