Iodo no metabolismo animal
Introdução
O iodo é um elemento relativamente raro. Representa somente cerca de 0,0004% dos elementos que compõem a crosta terrestre. Ocorre de forma dispersa no ar, água, solo e nos organismos vivos. O iodo está presente nas plantas em concentrações muito baixas (exceto nas algas onde se encontra mais concentrado), e provavelmente não desempenha um papel muito importante no seu ciclo de vida. Os alimentos vegetais normalmente são pobres em iodo sendo que nas forrageiras a concentração do elemento varia de 200 a 400 µg/kg de matéria seca, para os grãos, a variação é de 50 a 300 µg/kg e para os tubérculos de 300 a 500 µg/kg de matéria seca. Já os alimentos de origem animal, especialmente a farinha de peixes, …exibir mais conteúdo…

Animais de pequeno porte ou que vivem em condições climáticas adversas têm maior concentração de iodo porque têm maior taxa metabólica.
Mecanismo de transporte
Em função da diferença de concentração, o transporte do iodo do sangue para a tireóide acontece por meio de transporte ativo e depende da ação do TSH e da bomba de Na/K ATPase.
Mecanismo de absorção do iodo via co-transportador sódio-iodeto (NIS)

Síntese do T3 e T4
O metabolismo do iodo está em grande parte relacionado com a síntese e o metabolismo dos hormônios tireoidianos. Na glândula tireóide o iodo elementar é liberado do iodeto circulante na corrente sanguínea e é utilizado na iodação da tirosina, constituinte dos colóides da tiroglobulina, que é o maior componente intrafolicular da glândula tireóide.
Na tireóide, a tirosina unida à tiroglobulina é iodada primeiro na posição 3 (monoiodotirosina), posteriormente na posição 5 (diiodotirosina) pela ação da peroxidase tireóidea. A tiroxina (T4) se forma a partir da condensação de duas moléculas de diiodotirosina. A triiodotironina (T3) é formada a partir da condensação da monoiodotirosina e diiodotirosina ou da conversão do T4 em T3 que pode ocorrer nos rins ou no fígado. Esta estrutura é conhecida como 3,5,3’ triiodotironina. Pode haver ainda a formação de uma pequena quantidade de 3,3’,5’ triiodotironina (conhecida como T3 inversa) pela condensação inversa da diiodotironina com a monoiodotironina sem a ação do hormônio tireoidiano.