Habermas
Jürgen Habermas* é visto como herdeiro do pensamento crítico da Escola de Frankfurt. É um dos pensadores contemporâneos que, diante da clássica concepção de razão que moldou o pensamento Ocidental e da problemática instaurada pela filosofia moderna, aponta uma nova proposta para o filosofar.
Para ele, a compreensão de Filosofia não pode se basear única e exclusivamente numa concepção de razão que considera como conhecimento somente aquele provindo da relação sujeito-objeto ou de uma razão fechada em si mesma. Pelo contrário, o saber filosófico deve ampliar seu conceito de racionalidade e considerar, sobretudo, a relação entre sujeitos como forma primordial de conhecimento: “[...] o paradigma do …exibir mais conteúdo…
(HABERMAS, Verdade e Justificação, p.107)
É importante dizer ainda que, sendo a linguagem algo específico do homem, se fazendo presente em toda comunicação humana, é ela que possibilita o entendimento mútuo e a validade do discurso. A linguagem mediatiza toda relação significativa entre os sujeitos e o mundo da vida. Neste campo tem-se a teoria dos atos de fala. É através da análise desta que se buscará o sentido e a validade da comunicação estabelecida entre uma comunidade de sujeitos.
Em relação aos atos de fala, é necessário destacar que eles possuem uma estrutura fundamental no processo comunicativo:
Os atos elementares de fala apresentam uma estrutura na qual se combinam três elementos: a componente proposicional para a representação (ou menção) de estados de coisas, a componente elocutória para a admissão de relações interpessoais e, finalmente, as componentes lingüísticas que experimentam a intenção de quem fala. (HABERMAS, O discurso filosófico da modernidade, p.289)
Com o ato de fala, o falante busca se entender a respeito de algo com um ouvinte. A meta do falante é que o destinatário aceite como válido o que foi dito. Porém, o que torna aceitável a expressão de um ato de fala são as razões que o falante, no contexto dado, poderia apresentar para a validade do dito