Analise da obra amor de perdição
A obra literária de Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição foi narrada em terceira pessoa.
Podemos afirmar isso de acordo com as seguintes passagens do livro: (...) O corregedor admira a bravura de seu filho Simão, e diz à consternada mãe que o rapaz é a figura e o gênio de seu bisavô Paulo Botelho Correia, o mais valente fidalgo que dera Trás-os-Montes. (pág. 41) Baltazar Coutinho estava na sala, simulando vingativa indiferença por sua prima. As irmãs do fidalgo e demais parentes não deixavam respirar Teresa. (pág. 65) Nos cinco subsequentes dias recebeu Simão regularmente cartas de Teresa, umas resignadas e confortadoras, outras escritas na violência exasperada da saudade. (pág. 113) O assassino teria dado cinquenta passos a todo o galope da espantada mula, quando João da Cruz, debruçado sobre o banco, arrancava o último suspiro com a cara posta no chão, donde apontara ao peito do almocreve dez anos antes. (pág. 185) Não se trocaram palavras por largo espaço. Simão apoiou a face sobre a mesa, e apertou com as mãos as frontes arquejantes. Mariana de pé, ao lado dele, fitava os olhos na luz mortiça da lâmpada oscilante, e cismava, como ele, na morte. (pág. 209) 2- Tempos:
A obra Amor de Perdição apresenta tempos cronológicos e psicológicos. Podemos observar esta afirmação com acordo com as seguintes passagens:
2.1- Passagens do tempo cronológico: Às quatro horas e meia, ouviu Simão o tinido de liteiras, dirigindo-se àquele ponto. Mudou