Análise poemas cecília meireles

975 palavras 4 páginas
Análise 01
Romance VII ou Do Negro Nas Catas

Já se ouve cantar o negro,mas inda vem longe o dia.Será pela estrela d’alva,com seus raios de alegria?Será por algum diamantea arder, na aurora tão fria?Já se ouve cantar o negro,pela agreste imensidão.Seus donos estão dormindo:quem sabe o que sonharão!Mas os feitores espiam,de olhos pregados no chão.Já se ouve cantar o negro.Que saudade, pela serra!Os corpos, naquelas águas,- as almas, por longe terra.Em cada vida de escravo,que surda, perdida guerra!Já se ouve cantar o negro.Por onde se encontrarãoessas estrelas sem jaçaque livram da escravidão,pedras que, melhor que os homens,trazem luz no coração?Já se ouve cantar o negro.Chora neblina, a alvorada.Pedra miúda não vale:liberdade é pedra
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Que quando nos livramos de uma prisão, logo entramos em outras coisas que nos aprisionam. A luta, no fim, não adiantou de nada. Foi em vão.

Análise 02 Motivo
Eu canto porque o instante existee a minha vida está completa.Não sou alegre nem triste:sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,não sinto gozo nem tormento.Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou edifico,se permaneço ou me desfaço,- não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.Tem sangue eterno e asa ritmada.E sei que um dia estarei mudo:- mais nada.

1ª Estrofe

O eu lírico expressa sua habilidade de escrever sobre fatos cotidianos e apenas acredita que o mundo se completa, da maneira que é. Por fim, diz que não se alegra ou se entristece; apenas é poeta.

2ª Estrofe

Aqui o eu lírico se iguala as coisas momentâneas. O fato dele não se alegrar ou se entristecer apenas mostra que o eu lírico é impenetrável, como um expectador, que atravessa o tempo com algo simples e de total importância, o vento.

3ª Estrofe

A indecisão em saber o que faz, como se constrói ou se simplesmente se desaba, caracteriza essa estrofe Não tem certeza se passa por algo novo, ou se simplesmente fica a viver o presente.

4ª Estrofe

Aqui, o canto é uma metáfora para a escrita poética, que se musicaliza ao ser pronunciada. O eu lírico declara ser essa “canção” mais importante que tudo, já que possui vida eterna ( sangue representa a vida) e voo ritmado. Porém, um

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