Análise de texto literário e não literário

2643 palavras 11 páginas
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO INTRODUÇÃO

O presente trabalho acadêmico visou analisar dois textos com um tema em comum, a escravidão, sendo um da categoria Literária e o outro da Não Literária. O primeiro é uma canção de sucesso dos meados da década de setenta, composta por Mauro Duarte e Paulo Cesár Pinheiro, chamada “O Canto das Três Raças”, interpretada por Clara Nunes. O segundo é originário de um trabalho escolar de História, cujo título é “A Escravatura Ontem e Hoje”, retirado do site “Nota Positiva”.
Por meio de uma análise embasada em alguns conceitos de Platão e Antônio Cândido, os dois textos descritos acima foram estudados no intuito de classificar e justificar o enquadramento de cada um deles em Literário e Não
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E de guerra em paz / De paz em guerra / Todo o povo dessa terra / Quando pode cantar / Canta de dor.// O o O o o O / o O o o O o O o

A canção se encerra falando dos dias de hoje, sugerindo que a escravidão persiste e que somos escravos modernos, independente de raça ou cor.

E ecoa noite e dia / É ensurdecedor / Ai, mas que agonia / O canto do trabalhador. / Esse canto que devia / Ser um canto de alegria / Soa apenas como um soluçar de dor.

Analisando brevemente a interpretação musical dessa composição, percebemos que Clara Nunes e os responsáveis pelo arranjo trouxeram para ela toda a influência dos ritmos dos terreiros de umbanda e candomblé. A canção começa com o toque de atabaque, que logo é acompanhado por um violão. A primeira estrofe é cantada com acompanhamento desses dois instrumentos.
Na segunda estrofe, quando se fala dos negros, entra o som do agogô. No refrão, o som do surdo se soma aos outros sons, imitando as batidas de um coração, o que traz mais emoção para a música.
Na segunda vez em que o refrão é executado, um coro de vozes masculinas imita a voz de escravos. Isso também estimula a imaginação dos ouvintes, que são transportados para a realidade dos quilombos.
Toda a interpretação e o arranjo contribuem para dar o tom “mágico” a essa canção, fazendo com que ela seja lembrada por várias gerações, mesmo

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