resumo do livro a essencia do cristianismo
”O amor é o terminus medius, o vinculo substancial, o principio de mediação entre o perfeito e o imperfeito, o ser pecador e o ser puro, o universal e o individual, a lei e o coração, o divino e o humano. O amor é o próprio deus e fora dele não há deus. O amor faz do homem deus e de deus homem. O amor fortalece o fraco e enfraquece o forte, inferioriza o elevado e eleva o inferior, idealiza a matéria e materializa o espírito. O amor é a verdadeira unidade de homem e deus, natureza e espírito. No amor, a vulgar natureza é espírito e o aristocrático espírito é matéria. Amar significa negar o espírito a partir do espírito, negar a matéria a partir da materia. Amor é materialismo. Amor imaterial é uma …exibir mais conteúdo…
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“Na base do esforço para querer fundar a personalidade de deus através da natureza encontra-se, por isso, uma mistura impura e nefasta da filosofia e religião, uma total ausência de critica e de consciência sobre a gênese do deus pessoal. Onde a personalidade é tomada como o valor essencial de deus,onde se diz um deus impessoal não é deus, a personalidade é já considerada em si e por si como o mais elevado e mais real, e na base encontra-se o seguinte juízo: o que não é pessoa esta morto, é nada; só o ser pessoal é ser real e absoluto, é vida e verdade, mas a natureza: a personalidade é tudo, porque a natureza é nada. Predicar de deus a personalidade nada significa senão declarar a personalidade como a essência absoluta, mas a personalidade só é captada na diferença, na abstração relativamente a natureza. Um deus apenas pessoal reside no conceito, pois ele não é senão a essência pessoal do homem que se exclui de toda a dependência da natureza. Na personalidade de deus o homem celebra a supranaturalidade, a imortalidade, e independência, a ilimitação da própria personalidade.
A necessidade de um deus pessoal tem em geral o seu fundamento no fato de a pessoa humana só estar junto a si, só se encontrar a se mesma na personalidade. Substancia, espírito puro, mera razão não lhe bastam, são demasiado abstratos