A vocação racionalista do ocidente
Autor: Euclides Guimarães Neto
A VOCAÇÃO RACIONALISTA DO OCIDENTE Por: Euclides Guimarães ( 2007)
Antes de surgirem as ciências sociais já existia um a longa tradição de pensamento social. De fato a filosofia racionalista inventada na Grécia antiga oferece uma grande herança para todos os saberes desenvolvidos depois. Para que possamos melhor entender a modernidade, assim como a maneira como ela passou a privilegiar o modo científico de explicar as coisas é importante rastrear as tradições de onde aos poucos foi se configurando uma vocação para o modo de pensar que caracteriza a civilização Ocidental. Fique claro que os homens se comportam como comportam em função da forma como pensam e essa é a razão porque …exibir mais conteúdo…
Foi assim que também desenvolveram o esporte como uma forma civilizada de substituir a guerra, induzindo os povos inimigos que em seus portos se encontravam, a realizar torneios em vez de batalhas. Todas estas habilidades diplomáticas proporcionaram aos gregos uma visão mais ampla dos talentos humanos, de onde se origina seu humanismo. É, no entanto, um humanismo imperfeito, pois apenas valoriza o talento dos povos cujos saberes e técnicas inspiram sua admiração. Os povos que eles não identificavam como engenhosos nã o eram dignos de sua admiração, sedo assim considerados sub-homens, a quem poderiam subjugar ou escravizar. O humanismo só se estenderá a toda a humanidade alguns séculos depois , com os ensinamentos de Cristo. A busca por explicações lógicas levou os gregos a uma incrível codificação do saber até hoje utilizada na ciência e no cotidiano: a geometria. C om suas fórmulas e teoremas os gregos antigos lançaram bases para todo o saber que os sucedeu, também fundando os estudos sobre a condição humana.
Outra contribuição lapidar dos gregos clássicos é o conceito de imanência. Com tal conceito pôde-se pela primeira vez pensar o universo como uma máq uina regida por leis racionais, onde tudo o que acontece obedece a uma lógica pré-fixada. Eis,em essência, o sentido da imanência como proposto por Platão: as coisas concretas não