corporeidade

1995 palavras 8 páginas
Corpo e educação na cultura renascentista

A ideia do homem como construtor de si mesmo marca o pensamento renascentista e coloca o humanismo como um projeto pedagógico de intenso alcance social. O quadro “A escola de Atenas”, de Raphael, pode ser considerado a representação de uma síntese do pensamento renascentista, ou seja, a tentativa de unificar a metafísica e a filosofia da natureza. O Renascimento não é a renascença da civilidade contra a barbárie, do saber contra a ignorância, mas o nascimento de uma civilização diferente, fundada num individualismo prático, no naturalismo filosófico e num aguçado gosto artístico. De modo geral, pode-se dizer que o século XV configurou um pensamento sobre o homem, e no século XVI esse humanismo
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Nela, aspectos como o sensismo proposto por Condilac e o materialismo mecanicista proposto pelo médico La Mettrie configuravam o sentido da razão e a preocupação com as causas e os efeitos dos fenômenos naturais. O homem-máquina de LaMettrie, publicado em 1748, afirma que não se pode conceber a alma separada do corpo por abstração. Descobrir a alma pelos órgãos do corpo, por meio da experiência e não do palavrório dos filósofos. Deve-se partir de fatos empíricos; as doenças, por exemplo, são meios pelos quais se pode fazer a correlação entre os estados da alma e os estados do corpo, dado que as faculdades da alma dependem da organização do corpo (Reale & Antiseri, 1990).O processo de racionalização chega ao corpo por meio do desenvolvimento da ciência médica. Rousseau, em O Emílio, um tratado sobre educação publicado em 1762, discorre sobre a educação partindo do conhecimento do corpo. Não se fundamenta na distinção clássica das faculdades: sensibilidade, moral, inteligência, mas na necessidade de uma educação diferenciada de acordo com as idades (da natureza, da força, da sabedoria). Assim: “É preciso que o corpo tenha vigor para obedecer à alma; um bom servidor deve ser robusto... Quanto mais fraco é o corpo, mais ele comanda; quanto mais forte ele é, mais obedece” (Rousseau, 1995, p. 32). O autor faz uma crítica à medicina

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