capítulo XVIII do livro História da Riqueza do Homem

7951 palavras 32 páginas
CAPÍTULO XVIII

“Trabalhadores de Todos os Países, Uni-vos”

“S ocorre cada vez que os jornais publicam retratos dosbrincamos com essados sweepstakes. ivesse um milhão de dólares!” Quantas vezes já deliciosa idéia.
Ela nos felizes ganhadores
E EU t

De forma semelhante, sempre houve quem passasse uma boa parte de seu tempo especulando sobre sociedades melhores do que aquelas em que viveram. Freqüentemente, tais especulações não vão além do sonho; ocasionalmente, porém, os sonhadores realmente se entusiasmam, trabalham muito em suas idéias e concluem suas utopias — visões da sociedade ideal do futuro.
Na verdade, a tarefa não era difícil. Quase que todas as pessoas de imaginação a poderiam ter executado. Bastava olhar à
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Não há dúvida quanto a isso. Era evidente que ele, como o escravo, tinha de trabalhar para outro homem — seu senhor. Trabalhava, digamos, quatro dias na semana na sua terra, os outros dois dias na terra do senhor. Em ambos os casos, a exploração do trabalhador era evidente. Mas não era fácil ver que na sociedade capitalista o trabalhador continuava a fazer um mau negócio. Presumidamente o operário é um agente livre. Ao contrário do escravo ou do servo, ele não tem de trabalhar para seu dono ou senhor. Presumida mente, ele pode trabalhar ou não, como queira. E tendo escolhido o patrão para o qual deseja trabalhar, o operário recebe pagamento pelo seu trabalho, no fim da semana. Certamente, isso era diferente —— não era isso exploração do trabalho?
Marx discordava. Dizia estar o trabalhador na sociedade capitalista sendo explorado, tal como fora na sociedade escravocrata e na feudal. Marx dizia que, a exploração na sociedade capitalista era oculta, mascarada. Arrancou-lhe a máscara com a teoria da mais-valia.
Nessa teoria, tomou de Ricardo a teoria do trabalho defendida em graus variados, pela maioria dos clássicos, desde Adam Smith até John Stuart Mil Segundo essa doutrina, o valor das mercadorias depende do total de trabalho necessário para produzi-la. Marx cita um economista famoso, Benjamin Franklin, como partidário dessa teoria trabalhista do valor. Escreveu Marx: “O celebrado Franklin, um dos primeiras economistas

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