Resumo A República livro VIII Platão

1429 palavras 6 páginas
A República – Livro VIII

Por Ana Pismel

Diante da exposição de Sócrates a respeito de como se dá o conhecimento – baseado na analogia Ver/Conhecer – vimos terminar o desvio proposto por Polemarco e Adimanto. Nesse parêntese foi discutida a viabilidade da cidade perfeita, que só pode existir de fato se tiver filósofos por governantes, sua natureza e, seguidamente, a natureza do conhecimento verdadeiro. O exame empreendido nos livros V, VI e VII culmina na exposição da natureza do conhecimento do inteligível presente na Alegoria da Caverna, que descreve a ascensão da alma ao mundo das idéias e, principalmente, à idéia do bem – tida como princípio de perfeição de todas as demais. Uma vez fundamentadas afirmações que até então tinham
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Outra desvantagem, segundo Sócrates (552 a), é a multiplicidade de funções admitida na constituição. Tem-se na cidade oligárquica governantes ricos, mas cidadãos vivendo na mendicância.
O homem examinado a seguir, parcimonioso e trabalhador, abstêm-se do supérfluo, o que se dá também na cidade cujo governo é conforme a ele. No entanto, se essas características estão presentes em tais constituições, não se deve a educação, mas à necessidade – não sendo genuínas. Dessa forma, mesmo comedido na vida prática, havendo oportunidade, esse homem comete ações corruptas, em se tratando de bens alheios. Mesmo tendo postura melhor que os já vistos, a verdadeira virtude da alma ele não possui (554 e). É importante lembramos que a permissividade da oligarquia gera descontentamento em grande parte dos cidadãos. Essas tensões culminam na ruptura dessa constituição. Com efeito, Sócrates diz sobre isso: “passa a existir democracia, creio eu, quando os pobres, vitoriosos, matam uns, expulsam outros, e aos restantes fazem participar do governo e das magistraturas em pé de igualdade e, no mais das vezes, cargos são distribuídos por sorteio” (577a). Eis o homem democrático e sua cidade par.
O modo de vida vigente em tal cidade pode parecer belo a princípio, mas o desprezo pela busca da verdadeira bondade, assim como a excessiva indulgência e o descaso para com os estudos fazem dela bem menos livre do que seria de se esperar, na medida em que se torna escravo de sua liberdade.
Por fim, é

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