Resenha: as concepções pedagógicas na história da educação brasileira
O texto aborda as concepções pedagógicas na história da educação brasileira, delimitando como eixo ordenador a oposição entre teoria e prática, esta, vista como a relação mais fundamental da pedagogia, entendida como “teoria da educação”, que se estrutura a partir e em função da prática educativa.
As diferentes concepções de educação podem ser agrupadas em duas grandes tendências: a primeira composta pelas concepções pedagógicas que dão prioridade à teoria sobre a prática, onde se enquadram as diversas modalidades de pedagogia tradicional; a segunda se compõe das concepções que subordinam a teoria à prática, enquadrando as diferentes modalidades de pedagogia nova.
Até o final do séc. XIX predominou a primeira tendência, tendo como preocupação a centralização das “teorias do ensino”, onde o problema fundamental é a formulação de métodos de ensino. As concepções tradicionais vão desde Platão e a pedagogia cristã, passando pelas pedagogias dos humanistas e pela pedagogia da natureza, assim como a pedagogia idealista de Kant, Fichte e Hegel, o humanismo racionalista, a teoria da evolução e a sistematização de Herbart-Ziller; centralizando o papel do professor, cuja função é transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade, enquanto aos alunos cabia apenas a assimilação dos mesmos.
Já a segunda tendência, das correntes renovadoras, é representada por Rousseau, Pestalozzi, Froebel, KierKegaard, Stirner,