Teatro
Reinaldo: Boa tarde.
Maiara/Bia: Boa tarde.
R: Tudo bem com vocês?
MB: Mais ou menos.
R: Qual o problema?
MB: Ela.
R: O que que tem?
MB: Ela tá me imitando.
R: Ela quem?
MB: Ela.
R: Não não, mas quem tá imitando quem?
MB: Ela. Não eu. Ela Doutor é simples. Essa menina aqui começou a me imitar e nunca mais parou.
R: Essa menina? Então quer dizer que vocês não se conhecem?
MB: Não.
R: E como foi que “ela” começou a te imitar?
MB: Eu estava na igreja, de repente ela se aproximou e começou a me imitar.
R: Mas foi gesto e fala ou tudo junto?
MB: Tudo junto.
R: Tudinho?
MB: Tudinho. *tosse* desculpa.
R: Nome?
MB: Ana.
R: Ah! As duas são Ana?
MB: Não! Nem sei como ela se chama, onde ela mora. *pff* Quer dizer, agora ela mora comigo.
R: Mas você já tentou perguntar o nome pra ela?
MB: Já, quer ver? Qual o seu nome? *espera 5 minutos* Viu, ela não responde.
R: Uhum. Bom, vou ter que fazer um exame em você agora, um exame rápido e indolor, usando alta tecnologia, ok?
MB: Ok.
R: Bate aqui. *Maiara bate e Bia bate errado* Aaah.
MB: Falei.
R: Quer dizer que ela tá te imitando então?
MB: Isso.
R: Ela faz espelhado ou faz igualzinho?
MB: Às vezes faz espelhado, às vezes faz igualzinho.
R: Bom, isso é um caso sério de imitose né.
MB: E isso é grave, doutor?
R: Depende. Tem dois casos de imitose. A imitose simples e a imitose múltipla. A múltipla tem um poder de epidemia devastador. Mas é