PRODUÇÃO DE AÇÚCAR REFINADO
O Açúcar Refinado Amorfo é obtido pela dissolução e purificação do açúcar cristal. A dissolução deste açúcar é uma operação cujo objetivo é a preparação de uma calda. Substâncias orgânicas responsáveis pela coloração da calda são removidas por um processo de flotação. A calda é então filtrada e segue para colunas de troca iônica para que seja reduzida ainda mais a coloração. É então cozida em um tacho, com alta pressão de vapor em sua serpentina de aquecimento. Em seguida, é descarregada numa batedeira, onde se obtém o açúcar na forma sólida. Nesta etapa mantém-se o açúcar sob constante agitação mecânica para que sejam obtidos os microcristais desejáveis no açúcar refinado amorfo. Segue-se então para a etapa de secagem, …exibir mais conteúdo…
O preparo de alimentos adocicados era feito com mel de abelhas. O açúcar chegou à Europa, em meados do século XII e importantes regiões produtoras surgiram nos séculos seguintes, especialmente no Extremo Oriente. O interesse pela especiaria foi crescente depois do século XV, quando novas bebidas como o café, o chá e o chocolate adoçados com açúcar, conquistaram o paladar europeu. Em 1493, Cristóvão Colombo iniciou o cultivo da cana-de-açúcar nas Antilhas e a partir daí, a história do açúcar no mundo ganhou novas dimensões (GALLOWAY, 1990).
2.2 BREVE HISTÓRICO DO AÇUCAR NO BRASIL Existem registros sobre a cultura de cana-de-açúcar no Brasil desde 1521. Mas a implantação na Colônia de uma empresa açucareira só ocorreu em 1533, por obra de Martim Afonso de Souza. O donatário da Capitania de São Vicente trouxe sementes da Ilha da Madeira - uma das maiores produtoras daquela época e criou em suas terras o Engenho do Governador. Anos depois, a propriedade foi adquirida pelo belga Jorge Erasmo Schetz, que a chamou de Engenho São Jorge dos Erasmos, que foi considerado o primeiro do Brasil. Em 1550, Pernambuco tornou-se o maior produtor mundial de açúcar e, em 1570, dos cerca de 60 engenhos existentes na costa brasileira, 41 estavam entre Pernambuco e Bahia. O açúcar foi a base da economia colonial e entre os séculos XVI e XIX, sua produção e comércio renderam duas vezes mais que o ouro e cinco vezes mais do que todos os outros produtos agrícolas juntos