Os fundamentos de uma Psicologia Narrativa

1529 palavras 7 páginas
- Os fundamentos de uma Psico Narrativa: 4 conceitos centrais: existência, significação, narrativa e cultura. 4 pressupostos: existência como conhecimento; conhecimento como hermenêutica; hermenêutica como discurso narrativo; discurso narrativo como cultura.
- Existência como conhecimento: Objetivo da revolução cognitiva dos anos 50 foi recuperar como programa prioritário da psico o esclarecimento acerca das estruturas, processos e conteúdos envolvidos na construção do conhecimento. A medida que foram dando conta que os seres humanos não eram armazenadores reativos de realidade em relação às quais se adaptam por processos de feedback, mas, pelo contrario, eram os indivíduos que alteravam as próprias realidades num processo de
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A narrativa não é um ato mental individual mas uma produção discursiva e como tal são inseparáveis do contexto cultural onde ocorrem. Toda narrativa, como todo o conhecimento, é localizada contextualmente. As narrativas são assim formas de dignificação que operam num contexto dialógico situando-se no espaço da interindividualidade, são elas que dão sentido à existência tornando a experiência comum, uma vez que, no ser humano, dar sentido é sobretudo tornar comum.
- O discurso narrativo é no fundo o “padrão que une” os indivíduos dentro de si e entre si, oferecendo assim a possibilidade para um individuo conhecer-se cada vez mais a si próprio confundindo-se cada vez mais com os outros. Os pressupostos de uma psico narrativa, põem em causa 2 fundamentos centrais que estiveram na origem da psico e da psicoterapia: a crença na existência de elementos de uma realidade interna essencial e na existência de um ser humano completamente individualizado e autônomo. Na proposta apresentada “a procura de essências cognitivas dá lugar a organização da matriz existencial. Uma hermenêutica absolutista e apriorística é substituída pó uma hermenêutica facilitativa da multicompreensão. A abstração lógica cederá lugar à discursividade narrativa. Finalmente, o individuo isolado transformar-se-a num espaço relacional de

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