Os fundamentos da politica economica
2
Duarte, Adelaide (2004) – Fundamentos da Política Económica – Capítulo I
2
Assim, como reacção a este centralismo do Estado, começa a surgir (entre o século XVIII e meados do século XIX) um conjunto de ideias a favor de uma maior liberdade de iniciativa privada, defendendo-se mesmo que a intervenção excessiva do Estado na esfera económica se torna prejudicial, pois altera o mecanismo „natural‟ de funcionamento da economia através do mercado Surge desta forma a corrente liberal que defende fundamentalmente: O mercado deveria assumir um papel de Estado mínimo, deixando o mercado funcionar de acordo com as suas leis, sem a intervenção do estado. Esta situação passa por uma intervenção tributária mínima e pela liberdade de circulação de mercadorias e de factores produtivos. De facto, até à Primeira Guerra Mundial vigorou esta corrente liberal, limitando-se a intervenção do Estado na economia a garantir o enquadramento legal no respeito pela liberdade de iniciativa e concorrência. Vários acontecimentos, vieram, no entanto, exigir uma intervenção cada vez maior do Estado e na economia, alterando gradualmente o se papel. O esforço de preparação da Primeira Guerra Mundial obrigou o Estado a intervir directamente na economia de forma a satisfazer as exigências da guerra. Após a guerra, a inflação e o desemprego atingiram as economias europeias e toda a actividade produtiva