Regimes de taxas de cambio - vantagens e desvantagens
Como não existe um consenso de qual o regime cambial mais adequado a ser utilizado por um país em decorrência das vantagens e desvantagens apresentadas por cada um, cabe, nesse momento, realizar algumas considerações a esse respeito, observando que, em geral, a discussão está centrada, especialmente, no conflito entre credibilidade e flexibilidade.
Tendo em vista que o foco de análise desse artigo é a economia brasileira no período a partir do Plano Real, essa discussão teórica sobre os regimes de taxa de câmbio tratará apenas dos regimes canônicos (fixo e flutuante) e dos regimes intermediários de flutuação suja e de bandas cambiais.
a) Regime de Câmbio Fixo
No regime de câmbio fixo, a taxa de câmbio nominal é fixada e a paridade deve ser mantida por meio da intervenção do Banco Central no mercado cambial, comprando ou vendendo moeda de acordo com as necessidades de ajustamento desse mercado. Se houver excesso de oferta (demanda) de divisas, o Banco Central intervém no mercado comprando (vendendo) divisas pela taxa fixada. Desse modo, a credibilidade desse sistema depende da capacidade de intervenção do Banco Central, via reservas internacionais disponíveis (ZINI JR., 1996, p. 119-120).
Assim, o regime de câmbio fixo tende a proporcionar horizontes mais estáveis à taxa de câmbio, uma vez que auxilia na estabilidade dos preços e expectativas, servindo como referência na tomada de decisões dos agentes e