Obesidade e qualidade de vida: revisão da literatura
Obesidade e qualidade de vida: revisão da literatura
Obesity and quality of life: literature review
Telma Braga Tavares1, Simone Machado Nunes2, Mariana de Oliveira Santos 3
RESUMO
A obesidade é considerada, atualmente, um dos principais problemas de saúde pública, constituindo-se em epidemia mundial responsável por aumento substancial da morbimortalidade. O aumento do índice de massa corporal (IMC), principalmente em obesos graves (IMC ≥ 40,0 kg/m2), provoca graves problemas de saúde, como elevação do fator de risco para doenças cardiovasculares, metabólicas, neoplásicas, ortopédicas, entre outras. Por ser de causa multifatorial resultante da interação de fatores genéticos, metabólicos, sociais, …exibir mais conteúdo…
Foram usados também livros-textos recentes, considerando a relevância e o valor informativo do material e alguns artigos-chave selecionados a partir de citações em outros artigos.
A prevalência da obesidade vem crescendo acentuadamente nos últimos anos. De acordo com dados da World Health Organization ( WHO)13, 1,6 bilhão de pessoas acima de 15 anos foram classificadas em sobrepeso e 400 milhões estavam obesas em 2005.
As projeções para 2015 são de aproximadamente 2,3 bilhões de pessoas acima do peso e mais de 700 milhões obesas.13
O peso elevado era considerado problema somente em países de alta renda, no entanto, o sobrepeso e a obesidade estão em dramática ascensão nos países de baixa e média renda.14 A WHO13 informou que, em
2005, 53,5 e 47,4% da população feminina (PF) e masculina (PM) brasileira encontravam-se com sobrepeso e 18,3 e 8,7% apresentavam obesidade, respectivamente. A projeção para 2015 é de que sejam anotadas
73,6 e 67,2% de sobrepeso e 39,7 e 21,6% de obesidade na PF e PM, respectivamente.
Velásquez-Meléndez et al.15, em estudo observacional realizado entre março de 1996 e março de 1997, com dados baseados na pesquisa sobre padrões de vida feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em amostra envolvendo 1.105 adultos com idades entre 18 e 50 anos, investigados por meio de inquérito domiciliar na cidade de Belo Horizonte-MG,
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