“O falso problema da exclusão e o problema social da inclusão marginal.”
O primeiro ponto, para a realização de uma reflexão crítica, é compreender que o atual problema está afirmado no que chamamos de inclusão, e que portanto não há o que poderia se chamar de exclusão em si. O que chamamos de exclusão, seria o conjunto das dificuldades, dos modos e dos problemas de uma inclusão precária e instável. O autor diz que, sociologicamente, exclusão não existe, é um momento insuficiente para se explicar todos os problemas que a exclusão realmente produz na sociedade atual. Para tanto, o autor recusa o conceito fetichizado de exclusão, pois é “inconceitual”, impróprio, e distorce o próprio problema que pretende explicar. Além disso, este …exibir mais conteúdo…
Há no Brasil uma sub-humanidade: uma humanidade incorporada através do trabalho precário, no trambique, no pequeno comércio, no setor de serviços mal pagos ou até mesmo excusos, etc. Essa sub-humanidade se baseia em insuficiências e privações que estão para fora do econômico. As pessoas podem ter dinheiro, mas estão à margem. As soluções precisam assegurar que direitos sejam assegurados. Segundo Foucault, essa lógica de inclusão legal da vida nos insere ainda mais nas mãos do Estado biopolitizando anda mais as nossas vidas. No entanto, as pessoas devem ser integradas corretamente, segundo a lógica social e mercadológica, e não segundo critérios de marginalização tais quais o de escravidão. Para o autor, essa é a única possibilidade para uma massa de excluídos. No entanto, à meu ver, temos que nos questionar até que ponto a inclusão legal cria uma inclusão real de fato. Creio que este é apenas um passo, pois, nesta lógica econômica assídua, cada vez mais se subvertem as leis em prol do capital e a morte de pessoas à margem não gera nenhum espanto, apesar do direito ao corpo. Uma proposta includente, segundo o texto, provoca a necessidade de resolver, de criticar, de recusar a excludência; a recusa sobre tudo da dupla-sociedade (a sub-humanidade). A sociedade deve se modernizar e revolucionar suas relações arcaicas, ajustando-as de acordo com as novas necessidades do homem e