Livre arbítrio - santo agostinho

2792 palavras 12 páginas
A LIBERDADE EM AGOSTINHO E SEU CONTRASTE NA CONTEPORANEIDADE
Arthur Denarde Santos
Cleydson Dirceu Brumatti
Diego Costa de Avelar
Ruberval Loureiro Nascimento
Wanderson Martins Alves
Resumo
Este artigo tem por objetivo apresentar o conceito de liberdade em Santo Agostinho, contrastando-o com a linha de pensamento contemporâneo do existencialismo. Para Agostinho, a verdadeira liberdade é aceitar a graça de Deus. A capacidade de escolha, o livre-arbítrio, ainda não é liberdade. A liberdade se dá unicamente quando a vontade se volta para o bem. O livre-arbítrio nos dá a possibilidade de seguir ou não a vontade de Deus, porém, só será livre realmente aquele que, com a ajuda divina, optar por fazer a vontade de Deus. Já no
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“Deus, autor das naturezas, não dos vícios, criou o homem reto; mas, depravando-se por sua própria vontade e justamente condenado, gerou seres desordenados e condenados”. (Agostinho, Cidade de Deus XI, 22).
Para Agostinho o mal só não tem ser, mas é a pura e absoluta ausência de ser. O mal só pode ser concebido em relação ao bem, ou na sua ausência ou deficiência deste. Portanto, para que exista o mal é necessária uma carência do bem, o mal se funda na negação ou renuncia do bem. Agostinho sustenta a não existência do mal enquanto realidade ontológica. Então qual seria a origem do mal? Para ele o mal tem sua origem na liberdade humana. Com isso, introduz um conceito inovador, o de livre arbítrio. Nenhum filósofo ou estudioso ao tratar da liberdade humana pode desprezar a definição de livre arbítrio dada por Agostinho.
Mas em que consiste exatamente o livre arbítrio na concepção agostiniana? Sustentava Agostinho: “As más ações não seriam punidas em plena justiça, se não tivessem sido praticadas de modo voluntário.” (Agostinho, Livre-arbítrio, 26). Se contrapondo ao pensamento maniqueísta, que sustentavam ser a responsabilidade humana uma ilusão, visto que, o bem e o mal residiam no interior do homem. Portanto, não teríamos culpabilidade sobre o mal que fizemos, eximindo o homem de toda culpa.
Agostinho alegará que o homem é fonte de todo mal, sendo que sua origem encontra-se precisamente no mau uso do livre arbítrio. Diz ele nas Confissões citando o texto bíblico

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