Origem do problema do mal em santo agostinho
I - 1. PANORAMA GERAL
Santo Agostinho, grande Filósofo e Teólogo, buscou apaixonadamente conhecer a realidade da alma e de Deus. Não teve dúvida da capacidade de demonstrar racionalmente a existência de Deus e propôs os argumentos do devir e da contingência que foram parte das bases da demonstração racional da existência de Deus através das cinco vias de Santo Tomás de Aquino.
Como homem inquieto e insatisfeito, depois de experimentar ele mesmo na própria carne a evidência do mal e suas conseqüências, sentiu forte inquietação por encontrar uma resposta frente ao problema do mal. Trabalhou longamente na investigação do mal até o ponto de poder-se afirmar que foi o primeiro a estudar sistematicamente, desde o ponto de vista filosófico até o teológico, o problema do mal. Santo Agostinho se pergunta angustiosamente sobre a origem do mal. Em sua conhecida obra Confissões escreve:
Eis Deus, e eis as suas criaturas. Deus é bom, poderosíssimo e imensamente superior a elas. Sendo bom, criou coisas boas, e assim as envolve e completa. Mas então onde está o mal, de onde veio e como conseguiu penetrar? Qual a sua raiz, qual a sua semente? Ou talvez não exista?...(Confissões, VII, 5, 7. p. 179.)
“Eu, porém continuava a procurar a origem do mal, e não encontrava resposta” (Confissões, VII, 7, 11. p. 184.). Diante dessas considerações observamos na vida Santo Agostinho como primeiro buscou sem descanso uma teoria já existente