Linguagem ordinária
Faculdade de Filosofia
Seminário de História da Filosofia Contemporânea
A LINGUAGEM ORDINÁRIA em RYLE
Trinta de novembro de dois mil e onze
Resumo: Este artigo tem por fim abordar problemas sobre a linguagem ordinária, segundo o filósofo Gilbert Ryle, com enfoque em sua utilização.
A LINGUAGEM ORDINÁRIA
Em seu artigo ‘A Linguagem Ordinária’, Ryle tem a pretensão de desadulterar, conforme suas palavras, os argumentos dos filósofos acerca das referências ao que dizemos e não dizemos, ou ao que podemos ou não dizer.
Ryle faz um contraponto entre a frase ‘a utilização da linguagem ordinária’ e a frase ‘a utilização ordinária da expressão “...”’. …exibir mais conteúdo…
Alguns problemas da filosofia se constituem pela existência de emaranhados lógicos no pensamento e no discurso de todo mundo, especialistas ou não. Os conceitos de causa, evidência, conhecimento, erro, etc., não são particulares de um grupo de pessoas. Nós os empregamos antes de desenvolver teorias especializadas, pertencem ao rudimento de todo pensamento. Disso não se segue que todas as questões filosóficas sejam sobre esses conceitos rudimentares.
Utilização
A frase ‘a utilização ordinária (canônica) da expressão “...” ’ é pronunciada, muitas vezes, de modo que a ênfase recai sobre a palavra ‘expressão’ ou ‘ordinária’, negligenciando o destaque à palavra ‘utilização’. Na verdade, a palavra operativa é ‘utilização’.
O problema de Hume não era sobre a palavra ‘causa’; era acerca da utilização de ‘causa’. Tal problema não era sobre um fragmento da língua inglesa em nenhum sentido que não fosse, ao mesmo tempo, um problema acerca de um fragmento de outra língua. Poderíamos discutir sobre o que posso ou não fazer com uma moeda de vinte centavos, mas tal discussão não seria sobre a data, ingrediente, forma ou cor da moeda. Seria uma discussão sobre o poder aquisitivo de uma moeda deste valor, não a respeito desta moeda em particular. Enfatizar a palavra ‘utilização’ evidencia o fato de que a investigação em questão é sobre o que se faz