INTRODUÇÃO

Neste ano lectivo abordaremos matérias que não fogem tanto do curriculum a que já nos habituamos seguir. Importa referir que as coisas da natureza são mutáveis e nesta mutabilidade se encontra também a Historia.

Hoje é mais fácil deslocarmo-nos pelo Mundo do que noutros tempos. Atravessar o Atlântico significou outrora uma longa viagem por mar; hoje basta uma manhã de avião. Há cem anos o explorador Henry Stanley precisou de três anos para atravessar a África a pé e de canoa, do oceano Índico ao oceano Atlântico. Actualmente podemos fazê-lo em algumas semanas de automóvel ou num dia pelo ar.

Com o desenvolvimento das comunicações, povos muito afastados principiaram a conhecer-se, a compartilhar as ideias e até a …exibir mais conteúdo…

Esse isolamento devia-se aos desertos, à floresta tropical e ao relevo que tornavam difíceis as comunicações. Não admira, por isso. que houvesse grande diversidade linguística, traduzida em cerca de 1500 línguas diferentes.

Os povos africanos tinham graus de desenvolvimento muito diverso. Alguns deles eram caçadores nómadas; muitos outros, porém, formavam sociedades agrícolas relativamente prósperas.

Politicamente, a maior parte desses povos estavam organizados em pequenos Estados independentes que, por vezes, se agregavam em grandes reinos ou impérios. No final do século XV, as principais unidades políticas eram o Império Songhai, os impérios do Mali e de Bornu e os reinos da Etiópia, do Benim, do Congo e de Monomotapa ( ou Grande Zimbabwe ). Em todos esses reinos e impérios havia cidades relativamente importantes como era o caso de Tombuctu e Gao ( no Império Songhai ), de Benim ou de Mbanza Congo.

A maioria dos edifícios eram de matérias perecíveis ( argila e madeira ), mas foram também levantadas grandes construções em pedra, como as monumentais fortificações do Zimbabwe. Os artesãos africanos produziam verdadeiras obras de arte nos domínios da metalurgia, cerâmica e da tecelagem. Um bom exemplo são as esculturas em marfim e bronze provenientes do reino de Benim.

As crenças religiosas da maior parte das populações africanas tinham um carácter monoteísta. Essas populações acreditavam num deus poderoso e criador que designavam por uma