Antropologia sociocultural: o campo do saber e o fato social.
Considerações iniciais
O texto que segue é uma síntese de temas estudados na aula de antropologia sociocultural, voltada para o curso de psicologia. Está alicerçado em materiais expostos pelo professor, utilizados na classe e discutidos com os alunos, abrangendo a história da antropologia.
No transcorrer do trabalho, serão abordadas conceituações acerca da antropologia e suas referências ao longo dos tempos, em perspectivas cultural, social e psicológica. Haverá referência às subdivisões existentes desse estudo do homem como provedor de conhecimento, sua evolução e compreensão. Além disso, discorre-se a respeito dos choques culturais que causaram “estranhamento” entre …exibir mais conteúdo…
Este incluiria além da natureza, o homem, agora tido como objeto de conhecimento. Anteriormente, o ser humano já havia sido objeto de reflexão de cunho mitológico, artístico, teológico e filosófico. Agora pretendia toma-lo como objeto de conhecimento da ciência, devendo para isso ser alcançado um conceito de homem. Tal fato implicava no reconhecimento das diversas manifestações do humano, percorrendo as regiões desconhecidas do planeta com objetivando registrar as culturas.
Somente na segunda metade do século XIX é que se definirá os objetos empíricos do estudo da antropologia: as sociedades “primitivas”, aquelas que estavam fora dos padrões de comportamento cristão-euro-americanos, entendendo-se esses americanos como descendentes de europeus.
O modelo de ciência da época considerava a necessidade da separação do sujeito-objeto, numa diversidade que tornasse possível ao pesquisador praticar a experimentação científica. Para a antropologia a separação está baseada no distanciamento geográfico. Esse demarcava o objeto empírico de estudos do antropólogo, com sociedades: pequenas, compostas por limitado número de indivíduos; semi-isoladas, mantendo poucos contatos com as outras vizinhas: com tecnologia pouco desenvolvida, comparada com a existente na Europa da época; com poucas divisões de tarefas, apresentando reduzido número de especialistas, fosse em atividades práticas ou funções sociais; menos complexas, comparadas as européias, facilitando uma