A crítica de platão aos poetas: uma revisão bibliográfica

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A CRÍTICA DE PLATÃO AOS POETAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Allan Postal Andrei Pedro Vanin Douglas Schaitel Fernando Falkoski 1

RESUMO O presente artigo visa ressaltar alguns aspectos da crítica que Platão faz aos poetas, sobretudo no livro “A República”, em especial nos capítulos II, III, e X. Através de um levantamento bibliográfico, contatou-se que há diferentes pontos de vistas no que tange a essa crítica. Deste modo, procurou-se entender através de comentadores, as razões pelas quais Platão rejeita tais poetas e fábulas, já que eram a forma comum de ensino da época na pólis grega. Procurou-se trabalhar com dois aspectos principais da crítica, a formação do cidadão e da imitação (mímesis). Assim, tenta-se demonstrar a
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A República de Platão é, segundo alguns comentadores e estudiosos, uma obra voltada à política, e encontra-se nos diálogos ditos da “maturidade”, embora seja difícil afirmar com precisão a datação e a ordem dos diálogos de Platão (SOARES, 2005). Para entender a crítica de Platão aos poetas nos livros II, III e X da República, se faz necessário retomar algumas das discussões apresentadas no livro I, sendo este uma espécie de índice da obra, pois trata de todos os assuntos que seriam posteriormente abordados no decorrer do diálogo (COELHO, 2005, p. 2). No livro I, observa-se que Sócrates exemplifica o modelo ideal de uma cidade (pólis) justa. Argumenta-se que, se os cidadãos atenienses forem justos, a cidade também será justa:

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Comentários feitos em aula pelo professor Márcio Soares na disciplina de História da Filosofia Antiga do curso de Filosofia da UFFS no dia 14 de junho de 2010.

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O argumento de A Republica não é difícil de formular: uma cidade só será justa se puder ser verdadeira, apresentando-se como expressão da realidade. Somente o conhecimento dessa realidade pode, portanto, proporcionar a compreensão de como essa cidade deve ser. Consequentemente, seu governo só pode caber, de direito, a quem detêm tal conhecimento. Esse é o filósofo que deve, portanto governar. 4

Ainda no livro I, Sócrates dialoga com seus interlocutores em busca do melhor argumento, procurando dar razões racionais através de conceitos para o “que é a justiça”,

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