A SAGA DO SÃO SEBASTIÃO TUMBEIRO
O ÚLTIMO GALEÃO ou O Tumbeiro Malê
Drama épico em três partes (o Mar, a Ilha e o Continente)
PARTE I – O MAR
Conta a trajetória ficcional inglória do último galeão, o São Sebastião, convertido em tumbeiro, e o seu naufrágio na costa da ilha de Itaparica durante as batalhas na campanha da Bahia durante as guerras pela independência do Brasil em 1823. Nas galés do tumbeiro são transportados escravos negros malês guerrilheiros encomendados para participarem da Revolta dos Malês de 1835.
PARTE II – A ILHA
Narra a devoração do capitão Pedro Sá pelos guaranis e a iniciação da rainha negra imaculada nos ritos de acasalamento da tribo guarani, apresentando os primórdios do culto sincrético mágico-religioso à imagem de São Sebastião/Oxossi-Ogum no Brasil. Revela as raízes histórico-culturais da travessia a nado Mar Grande – Salvador e o apoio decisivo dos guaranis aos independentistas para a vitória sobre os portugueses e sua expulsão definitiva da Bahia sob a liderança de Maria Felipa a partir da união com os pataxós e tupis-cariris.
PARTE III – O CONTINENTE
Revela os acontecimentos após o desembarque no continente do Marujo Manuel Galego acompanhado dos guerreiros malês e dos alabês angolanos a partir de sua chegada ao acampamento independentista nas campinas de Pirajá, seu encontro com as tropas de encourados sob a liderança de Maria Quitéria em deslocamento de Feira de Santana para a Bahia e sua entrada vitoriosa em Salvador. Apresenta o carnaval da vitória independentista e o reencontro emocionado de Antônio Maria com Zulu e Manuel Galego no cais do porto de Salvador no cabaré de Maria das Cobras, após a entrega dos guerreiros malês e dos alabês angolanos a seus destinatários.
Personagens (Por ordem de entrada em cena)
Negro Fugido
Antônio Maria, contra-almirante enrabadiço
Capitão Pedro Sá, almirante feito capitão-de-assalto, mercenário
Dois escravos/guerreiros malês
Zulu, escravo fugido recapturado
Marujos e estivadores
Pe. Medeiros, falso pároco
Miss Doroty, missionária inglesa
Marujo Manuel Galego
Três escravos negros/alabês angolanos
Rainha negra imaculada
Aias da rainha negra imaculada
Selvagem guerreiro/espadachim tupinambá-caigangue
Embaixador Guarani
Guerreiros Guarani
Mulheres e crianças guarani
Pajé Guarani
Cacique Guarani (embaixador guarani na parte I)
Adé-Cunhatã (sacerdote do caboclo)
Guerreiros Guarani/axoguns
Embaixador Encourado
Encourados do Recôncavo
Guerreiro guarani/sentinela
Maria Felipa
Velocistas pataxós e tupis-cariris
Canoeiro guarani
Barach Osama (escravo/guerrilheiro malê)
Barach Husseim (escravo/guerrilheiro malê)
Zé-Boca (escravo negro/alabê angolano)
Chico (escravo negro/alabê angolano)
Tôin (escravo negro/alabê angolano)
Combatentes idependentistas
Marujos e estivadores
Maria Quitéria
Maria das Cobras
Mulheres desfrutáveis do cais
Marujo bêbado
Moreninho (mergulhador adolescente/aspirante a contramestre)
Gritos e vozes. Sons de humanos em deslocamento vertiginoso em meio à vegetação. Um homem negro nu se desloca desesperadamente em fuga.
Voz em Off
Tangendo! Tangendo! Para a armadilha! Sem ferimento! Sem ferimento! Uma macho sem marca de armas vale mais!
O negro cai na armadilha escondida sob a folhagem e é suspenso em uma rede.
Voz em Off
Mais um Tutsi para a bolsa dos Wunji. Viva o povo Wunji!
Gritos eufóricos e cântico de vitória dos Wunji. Capturado, o negro tutsi debate-se inutilmente e clama por misericórdia.
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