Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 


Proposta de um modelo pedagógico para a 10 classe (página 3)

Ivanhoe González Sáchez
Partes: 1, 2, 3, 4, 5

Introdução

Pela criatividade e perícia pedagógica que deve caracterizar um professor, não devemos esperar por grandes salas para o desenvolvimento e aplicação prática das habilidades dos educandos. Senão, criarmos condições necessárias e determinantes no cumprimento da prática de laboratório. Por isso, na nossa proposta metodológica, incluímos este modelo de Guia prática de extracção "caseira" do ADN.

É uma prática que se pode efectuar perfeitamente numa cozinha normal da nossa casa. Sendo um laboratório quotidiano, não vem substituir o laboratório específico, mas sim pode fazer a vez. É frequente que o laboratório de uma instituição do Ensino Médio não disponha de reagentes necessários para que se leve a cabo esta actividade, pelo contrário, sempre existe uma cozinha com (fogão, um frigorífico, batedeira, gelo etc.)

Materiais e reagentes

Batedeira Geleira

Amostra vegetal Coador

Água destilada Vaso do precipitado

Sal de mesa Tubo de ensaio

Bicarbonato de sódio (sólido ou líquido Varilha fina à 4,2%)

Detergente líquido ou champô Pipeta

Técnica operatória

1. Prepare uma solução tamponada com os seguintes ingredientes e mantenha-a na geleira ou em banho de gelo triturado.

120 ml de água destilada ou mineral não use água natural.

1,5 g de sal de mesa, preferivelmente puro.

5 g de bicarbonato de sódio sólido ou líquido a 10,1 ml

5ml de detergente líquido ou champô.

2. Seleccione a amostra que vai proporcionar o ADN entre os vegetais existentes na cozinha.

3. Triture a amostra com um pouco de água na batedeira accionando as lâminas à impulsos de 10S. Assim se romperão muitas células e outras ficarão expostas a acção do detergente.

4. Misture num recipiente limpo 5 ml do triturado celular com 10 ml de tampão frio e agite vigorosamente pelo menos 2 minutos.

5. Separe o resto dos vegetais mais grandes do caldo molecular e faça-o passar pelo coador mais fino o máximo possível.

O mais certo é centrifugá-lo a velocidade de 5 rotações por minuto (5) e pipeteie em seguida, o sobrenadante.

6. Retire 5ml do caldo molecular para um tubo de ensaio e acrescente com uma pipeta de 10 ml de álcool pela cara interna do recipiente tendo este inclinado. O álcool flutuará sobre o tampão.

7. Introduza a ponta de uma varilha estreita ajustando-o por baixo da separação entre o álcool e o tampão.

8. Remover a varilha de frente para trás, pouco a pouco se irão enrolando os fragmentos de maior tamanho do DNA.

9. Depois de um momento retire a varilha atravessando a capa de álcool com a qual o ADN ficará aderido ao seu extremo, em forma de uma capa de algodão.

Fundamento

A extracção do ADN de uma amostra celular baseia-se no facto de que os iões salinos são atraídos até às cargas negativas do ADN, permitindo a sua dissolução e a posterior extracção da célula.

Começa com a ruptura celular (lises) mediante um detergente libertando o seu conteúdo molecular numa dissolução tamponada com ADN e todo o sortido de restos moleculares, tais como: ARN corbohidratos, proteínas e outras substâncias em menor proporção.

As proteínas associadas ao ADN de grande longitude ter-se-ão fraccionado em cadeias mais pequenas e separado da porção do detergente, para o qual se utiliza o álcool isoamílico ou etílico provavelmente o único reagente desta prática que não se encontra na cozinha (Alcântara, 1995 e Alcântara, 1995).

Resultados: O produto filamentoso obtido da extracção, não é o ADN puro, já que misturado com este apresenta fragmentos de RNA. Uma extracção "profissional"se realiza acrescendo enzimas que fragmentam as moléculas do ARN e impede que se unam ao ADN.

Curioso seria comparar este método de extracção com o protocolo correspondente, seguido nos laboratórios de análises: Protocolo de QUIAGEN de purificação do ADN.

Cortés (2005). Biologia 2º Bachillerato. G: \Protocolo de QUIAGEN de purificação de ADN.htm.

Obs.: No fim desta prática deverás elaborar um relatório auxiliando-se das perguntas que a seguir te apresentamos. Este relatório será discutido com o (a) teu (a) professor(a).

Ficha de trabalho

1 Costumas ingerir ADN com algumas frequências?

2 Qual pensas ser a função do ADN?

3 Onde se localiza o ADN na Célula?

4 Que processos realizados na actividade experimental levaram a que a membrana plasmática seja danificada?

5 Qual é a solução que ajuda o ADN a precipitar?

6 Quais são as barreiras que devem ser ultrapassadas para que seja possível a extracção do ADN?

7 O que fica retido no filtro durante o processo de filtração?

8 Porque motivo se utiliza o álcool bastante frio?

9 Para ti, qual é a importância da realização desta actividade experimental?

Questões

"Existem técnicas modernas na área da biotecnologia que permitem remover ou inserir sequências nas moléculas de ADN".

1 Porquê quererá um cientista inserir sequências ou retirar sequências da molécula de ADN?

2 Haverá algum perigo em realizar esta alteração?

3 O que pensas que será a biotecnologia?

l. Actividade a desenvolver

I.1. Tratamento metodológico

Como forma de organização da actividade docente-educativa, pretendemos que o professor antes de tudo, deve preparar o tema desde o ponto de vista metodológico ou seja, efectuar a dosagem do conteúdo em causa.

A ciência desenvolve de modo gradual um quadro cientifico natural do mundo em, que vai surgindo contradições, que paulatinamente vão-se resolvendo.

Por este motivo, é tarefa de todos os professores de Biologia mudarmos as dimensões, as formas e meios de organização da actividade docente – educativa (M I P: 8,9).

Tendo em conta o carácter bilateral do ensino – aprendizagem, as actividades previstas neste trabalho são de carácter didáctico – metodológica, que pressupõem:

1º O trabalho do professor

a) Planificação da aula

2º Selecção do tema a leccionar

a) Hereditariedade

b) Genética aplicada – principio básica da engenharia genética.

c) Tecnologia do ADN recombinante.

Planificação da actividade lectiva

Tabela Nº2 – Experiência Educativa para a 10ª classe do ensino secundário.

Conteúdos

Hereditariedade.

Genética aplicada – principio básico de engenharia genética.

Tecnologia do ADN recombinante

Microorganismos genéticamente modificados.

 

Objectivos

Explicar a importância da transmissão da entidade hereditária.

Valorizar os princípios básicos da engenharia genética.

Reconhecer o papel da aplicação dos conhecimentos genéticos (ADN recombinante).

Identificar os benefícios e riscos de microorganismos genéticamente modificados.

Tabela 3 – Planificação da actividade lectiva

Conceito

Antecedentes

Iniciais

 

 

 

 

Reprodução, célula, ciclo celular, variação, ácidos nucleícos, enzimas, proteínas, aminoácidos, genes.

Biotecnologia, engenharia genética, célula hospedeira, célula competente, plasmídio, enzimas de restrição, ADN ligase, ADN recombinante, transformação e vector.

Estratégias

Análise de um artigo sobre a produção de insulina por bactérias.

Projecção de uma animação relativa a tecnologia do ADN – recombinante.

Análise de esquemas sobre a tecnologia do ADN recombinante.

Actividade experimental:"Transformação de E. coli com ADN plasmídico".

Realização de uma ficha de trabalho.

Discussão sobre as implicações positivas e negativas desta tecnologia para a sociedade.

 

 

 

 

 

 

 

 

Número de aulas previstas

3

1.2. DNA – Estrutura e localização

Com este estudo se pretende:

- Explicar as características estruturais do ADN, de forma que os alunos interiorizem os conceitos, tais como: aparecem expostos no quadro anterior.

Na primeira aula serão discutidas situações problemáticas abertas, que incentivarão uma aproximação a situação do quotidiano.

Sendo uma temática nova, para o aluno, far-se-á uma breve introdução, acompanhada por um extracto de um artigo que será analisado e discutido em conjunto por todos os elementos da turma.

Ainda a esse respeito, esperar-se – a que surjam curiosidades, a partir dos problemas que eles irão colocar.

O que é a tecnologia do ADN recombinante?

Como se introduz um gene estranho dentro de uma bactéria?

Qual é a utilidade desta técnica?

Será que não constitui um risco?

Materiais Possíveis

Bactérias

ADN – Plasmídico

Enzimas de restrição

Placas de Petri

Tubos de ensaio

Ca Cl 2

    1. Transformação de E. coli com DNA

Esta actividade está encaminhada a cumprimentar o seguinte objectivo: -Observar a transformação de E. coli com ADN mediante a identificação, e descrição.

a) Transferência

b) Célula competente

c) Vector

d) Plasmídio

e) Enzimas de restrição

f) ADN – ligase

g) ADN recombinante

O tratamento dos conceitos, implica um correcto asseguramento do nível de partida, tendo em conta os antecedentes que os alunos possuem (conhecimentos teóricos necessários) com vista a uma melhor apreensão dos novos.

Face a esta situação, é tarefa do professor, estimular a formulação de hipóteses de trabalho e propor a construção de actividades práticas plausíveis.

Isto permitirá ao aluno admitir que uma actividade prática do género pode-se levar a cabo dentro de condições concretas disponíveis em sala de aula na nossa instituição, sob orientação do professor.

O professor para testar o nível de preparação psicológica nesta actividade deverá efectuar as seguintes perguntas:

1. A manipulação do ADN em sala de aula, conduzirá a produção de uma bactéria

genéticamente modificada? _________________________________________.

2. Que material será necessário para o efeito?

-Exibição da animação, que ilustre o esquema do ADN recombinante.

Para que os alunos acompanhem e compreendam melhor, serão feitas várias pausas no decorrer da aula que favoreçam a recapitulação do conteúdo.

Enquanto isso, as turmas serão divididas em metade e esta última em 5 grupos, de 3 alunos cada, para a actividade prática.

Deste modo, com antecedência de 48 horas, distribuir-se-á um guia de trabalho

prático para a sua auto-preparação.

Transformação de E. coli com DNA

Desenvolver hábitos e habilidades práticas, através da manipulação de equipamentos e materiais de laboratório.

Os alunos terão acesso ao guia de práticas, 24 horas de antecedência para que se preparem individualmente.

Conhecerão algumas normas básicas de utilização do material e de segurança no laboratório.

1.1- Requisitos

As Meninas deverão prender o cabelo atrás.

Usar batas, de preferência com mangas curtas.

Calçar sapatos fechados, mas rasos.

Em dependência do tipo de objectos a manusear, usar luvas isolantes.

Evitar qualquer tipo de brincadeira no laboratório, pelos possíveis perigos que possa acarretar.

1.2 – Materiais

1.2. 1-Acessorios por bancadas

- Recipiente com gelo

- Marcador permanente

- Gobelé com solução desinfectante

1.2.2-Equipamentos

Banho – maria à 42º C

Banho – maria à 37ºC

Estufa à 37 ºC

Frigorífico à 4 ºC

Lâmpada de UV

1.2.3 - Kit de transformação

1.2.3.1 - Material por bancadas

2 Tubos "eppendorf"

5 Pipetas de transferência estéreis

Ansas de repicagem estéreis (pacote de 10)

Flutuador para tubos "eppendorf"

2 Placas de petri com meio LB

2 Placas de petri com meio LB/ Amp

2 × 250 μl de Ca Cl 2 50mμ

2 × 250 μl de meio LB

Placa inicial com E. coli HB 101 K-12

10 μl de soluηão de plasmídio em solução TE

Obs: Seguir com cuidado e correctamente todos os passos mencionados na

Guia. Toda a dúvida deverá ser apresentada ao professor.

2-Técnica operatória

- Assim a técnica operatória obedece os seguintes passos:

2.1 – "Transformação de E. coli com DNA plasmídico "

2.1.1 – Incubação

2.1.2- Preparação de células competentes

Preparar dois tubos "eppendorf" e marque - os com os sinais + ao que contém plasmídio e com -, ao tubo sem plasmídio .

Adicionar a cada tubo 250 μl de CaCl2 50mμ, com ajuda de uma pipeta de transferκncia estéril. Coloque-os em gelo.

Transferir 2 a 3 colónias de bactérias da placa de cultura para o tubo marcado com +, através da ansa de repicagem estéril.

Imergir a ponta da ansa directamente na solução de CaCl2 no tubo e agitá-la cuidadosamente de forma a libertar as colónias.

Verificar se a massa das células vai passando ao tubo.

Com uma pipeta de transferência estéril, pipetear várias vezes ressuspendendo as células até a suspensão livrar-se de agregados.

Evitar que apareçam bolhas e que se espalhe pelas paredes do tubo.

Colocar o tubo + em gelo.

Transferir a outra parte de células ao tubo –.

Colocá-lo igualmente em gelo.

Pré – incubação de ambos em gelo.

2.1.3- Incubação.

Adicionar 10 μl de soluηão de plasmídio a suspensão bacteriana do tubo + utilizando uma pipeta transferência .

Homogeneizar a solução batendo com dedo no tubo e evitar que se formem bolhas e a aderência nas paredes do tubo.

Colocar o tubo + em gelo.

Incubar ambos a 0ºC durante 10 minutos

2.1.4- Choque térmico

Depois do choque térmico, transferir os tubos ao banho-maria a 42º C durante 50 segundos com ajuda de um flutuador.

Introduzir novamente os tubos em gelo durante 1 minuto.

2.1.5- Recuperação

Colocar os tubos num suporte à temperatura ambiente. Adicionar 250 μl de meio LB aquecido a 37ºC durante 12 à 24 hora.

Depois deste tempo, colocar as placas a 4ºC, para inibir o crescimento da E. coli e impedir o crescimento de microorganismos patogénicos

Observar as placas à luz normal e à luz ultravioleta

Identificar a placa em que as bactérias brilham à luz UV

LB +

LB – / Amp +

2.1.6- Análise e discussão dos resultados

Assinalar a placa em que as bactérias crescem.

LB +

LB –

LB / Amp+

Obs.: Ao fechar utilizar a fita adesiva.

Todo material usado deve ser posto num recipiente com uma solução

desinfectante.

Tabela 4 – Resposta dos resultados da prática

 

Crescimento

Transformação

Bactérias iguais a placa inicial

Brilho com luz UV

LB –

       

LB –

       

LB/ Amp+

       

LB/Amp –

       

No fim da prática os alunos deverão apresentar um relatório sobre a técnica aplicada

com vista ao desenvolvimento de actividades práticas e da independência cognitiva.

Para a retroalimentação, dos conhecimentos o professor distribuirá a cada aluno uma

ficha de trabalho contendo alguns conceitos tais como:

a) Transformação

b) Célula competente

1-Qual é a função dos passos mencionados na actividade prática?

a) Incubação em CaCl2 e gelo.

b) Choque térmico

c) Recuperação

1-Que vector foi usado nesta actividade?

2-Como devemos seleccionar os transformantes?

Conclusões

Atendendo que a actividade laboratorial envolve momentos diferentes, serão feitas algumas considerações finais, concernentes a várias experiências realizadas, tendo em conta as suas implicações tecnológicas, sócio-culturais, éticas, e ambientais.

Conclusões do Capitulo.

A proposta de solução ao nosso problema é objectiva e válida cientificamente, baseada nos conhecimentos epistemológicos didáctico-metodológicos da pedagogia moderna.

Introdução do Capítulo

Para atingirmos os nossos resultados direccionamos a nossa pesquisa aos IMNs Namibe e Lubango, utilizando uma amostra de 48 alunos e 2 professores, apoiando-nos em entrevistas, inquéritos e diário de campo.

3. Valorização e Interpretação de Resultados.

3.1.Resultados.

Tabela 5. Identificação dos estudantes

Medidas

Idade Promédio

Sexo

Masculino

%

Femenino

%

IMN-Namibe

19

16

70

12

57

IMN- Lubango

19

7

30

9

43

Neste capítulo apresentamos o tratamento e análise dos resultados obtidos na nossa pesquisa. A entrevista aplicada aos alunos da 10ª Classe reforma educativa, abarca 9 aspectos relacionados com os conhecimentos que possuem os alunos sobre a biotecnologia.

Para melhor compreensão utilizamos as tabelas, que possibilitam a melhor interpretação.

Na tabela 5, da identificação dos estudantes, os resultados indicam que a idade promédio dos alunos implicados neste trabalho, é de 19 anos, em ambas instituições. Variando o número por escola, estes aparecem distribuidos de duas formas: Dos 28 alunos do IMN-Namibe, 16 são do sexo Masculino e 12 do sexo feminino; Enquanto que, dos 16 alunos afectos ao IMN-Huila, 7 pertencem ao sexo masculino e 9 do sexo oposto.

Analisados estes dados, apresentámo-los em forma de percentagens, sendo 70% correspondente aos alunos do sexo masculino do IMN-Namibe e um 30% aos alunos do sexo masculino do IMN-Huila. Estes resultados percentuais, são surpreendentes,

na medida em que a nossa especialidade, geralmente tem sido partilhada mais por indivíduos de sexo feminino com relação ao masculino. Da visão atribuída ao sexo

feminino, a maior percentagem abrange as meninas do IMN-Namibe e a menor as alunas do Lubango, sendo esta última mais alta, com respeito a dos alunos da mesma instituição. No entanto, o resultado final por sexo, aponta à um equilíbrio das percentagens por sexo, ou seja: um 100% pertence a ambos os sexos implicados no nosso trabalho.

Tabela 6. Determinação do Grau de conhecimento que têm os alunos sobre Biotecnologia. 10a A Lubango.

Classificações

Respostas

Qualitativa

Quantitativa

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Excelente

5

10

1

5

1

0

14

13

1

1

Bom

4

0

0

0

0

0

0

0

7

9

Regular

3

1

2

0

0

1

1

1

2

0

Mau

2

1

5

7

15

2

0

1

3

3

Nulo

0

4

8

4

0

13

1

1

3

3

Total dos alunos

16

16

16

16

16

16

16

16

16

Análise quantitativa A tabela 6 da análise quantitativa apresenta-nos os alunos avaliados, nesta investigação, o número de questões apresentadas e o tipo de avaliação atribuído. Neste sentido, os alunos do IMN-Huíla, possuem um Grau de conhecimentos aceitável sobre a Biotecnologia. A maior parte de negativas, corresponde as perguntas 2, 4, 5, e 7, principalmente, respeito a estas situações ligadas aos novos conhecimentos genéticos do ponto de vista biotecnológico, sua importância, período de conservação e consumo e finalmente, a respectiva abordagem
destes conhecimentos pelo professor.

Tabela 7. Determinação do Grau de conhecimento que têm os alunos sobre a Biotecnologia 10a A Lubango. Análise qualitativa.

 Perguntas

0

2

3

4

5

1- Assimila fácilmente o conteúdo de biologia da l0ª Classe, durante toda a aula?

25

6,25

6,25

0

62,5

2- Quando é que se manifesta esta acção dos novos conteúdos?

50

31,25

12,5

0

6,25

3- O grau de assimilação tem sido o mesmo durante o tratamento dos novos conceitos da disciplina de biologia da l0 ª Classe?

31,5

0

0

43,75

25

4- Já ouviu falar de novos conhecimentos genéticos de carácter biotecnológico?

Cite alguns exemplos.

0

93,75

0

0

6,25

5- São importantes? ______.

Apresente algumas razões. ______

81,25

12,5

6,25

0

0

6- Os novos conhecimentos genéticos, devem fazer parte dos programas e planos de estudo, de biologia da 10 ª Classe?

6,25

0

6,25

0

87,5

7- No mercado local, tem dado conta da diferença existente entre produtos transgénicos (importados) e os de produção local (não transgénicos) por exemplo a laranja?

6,25

0

6,25

0

81,25

8- Conhece o período de vida, de conservação e consumo, dos produtos alimentares importados ou genéticamente modificados?

18,75

18,75

12,5

43,75

6,25

9- O seu professor de biologia da l0ª Classe tem abordado nas suas aulas conhecimentos relacionados com os últimos progressos da ciência e da técnica?

18,75

18,75

  0

56,25

6,25

A tabela 7 evidencia os resultados da tabela 6, em questões de percentagem, o que vem confirmando os resultados anteriores, a cerca de questões relacionadas com os conhecimentos biotecnológicos. A maior percentagem de negativas corresponde as perguntas 2, 4, 5, e 7 fundamentalmente, sobre os conhecimentos biológicos de carácter genético

Tabela 8. Determinação do Grau de conhecimento que têm os alunos sobre a Biotecnología10ªC Namibe. Análise quantitativa.


A tabela 8, expressa a determinação do grau de conhecimento dos alunos da 10ª C do Namibe. Os resultados da nossa análise, apontam para um domínio significativo de conhecimentos biotecnológicos, na nossa instituição. O que realmente justifica a preocupação levantada no nosso trabalho. Quer dizer, que as respostas dadas positivamente são convincentes em relação as respostas negativas das questões apresentadas aos alunos.

Tabela 9. Determinação do Grau de conhecimento dos alunos sobre a Biotecnologia 10ª C Namibe. Análise qualitativa.

 Perguntas

0

2

3

4

5

  1. Assimila facilmente o conteúdo de biologia da l0ª Classe, durante toda a aula?

0

7,14

0

0

92,85

  • Quando é que se manifesta esta acção dos novos conteúdos?
  • 21,42

    53,57

    10,71

    0

    14,28

    3- O grau de assimilação tem sido o mesmo durante o tratamento dos novos conceitos da disciplina de biologia da l0 ª Classe?

    10,71

    57,14

    0

    0

    32,14

    4- Já ouviu falar de novos conhecimentos genéticos de carácter biotecnológico? Cite alguns exemplos.

    0

    53,57

    7,14

    0

    39,8

    5- São importantes? __________.

    Apresente algumas razões. ____

    28,57

    17,85

    21,42

    10,71

    21,42

    6- Os novos conhecimentos genéticos, devem fazer parte dos programas e planos de estudo, de biologia da 10 ª Classe?

    14,28

    0

    0

    0

    85,71

    7- No mercado local, tem dado conta da diferença existente entre produtos transgénicos (importados) e os de produção local (não transgénicos) por exemplo a laranja?

    3,57

     

     

    10,71

    0

    0

     

     

    85,71

    8- Conhece o período de vida, de conservação e consumo, dos produtos alimentares importados ou genéticamente modificados?

    14,28

    46,42

    3,57

    32,14

    3,57

    9- O seu professor de biologia da l0 ª Classe tem abordado nas suas aulas conhecimentos relacionados com os últimos progressos da ciência e da técnica?

    14,28

    7,14

    0

    75

    3,57

    A tabela 9, é a continuação da tabela 8, assegura afirmativamente o exposto anteriormente, apesar de uma elevada percentagem de negativas apresentadas nas questões 3, 4, e 8, consoante a variação do Grau de assimilação dos novos conceitos, tratamento de novos conhecimentos biotecnológicos e por último a cerca do período de consumo e conservação dos produtos alimentares genéticamente modificados importados. Neste sentido, consideramos que o nível de percepção das nossas preocupações é bastante satisfatório no IMN-Namibe, do que no IMN-Lubango e as evidências apresentadas nos resultados finais sustentam a nossa reflexão. Com isto, não queremos dizer que ignoramos o esforço e a capacidade dos nossos alunos implicados nesta actividade, mas sim, damos ênfase a variação da capacidade de assimilação e ao índice de conhecimentos evidenciados nas duas turmas da 10ª Classe Reforma Educativa, em condições ambientais bastante diferentes.

    Tabela 10. Total absoluto do Grau de conhecimento dos alunos sobre a Biotecnologia 10ª Classe.

    Lubango

     Classificações

    Perguntas

     Total

     Classifi-

    cações

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    Excelente

    5

    10

    1

    5

    1

    0

    14

    13

    1

    1

    51

    Excelente

    Bom

    4

    0

    0

    0

    0

    0

    0

    0

    7

    9

    20

    Bom

    Regular

    3

    1

    2

    0

    0

    1

    1

    1

    2

    0

    11

    Regular

    Mau

    2

    1

    5

    7

    15

    2

    0

    1

    3

    3

    39

    Mau

    Nulo

    0

    4

    8

    4

    0

    13

    1

    1

    3

    3

    37

    Nulo

    Namibe

    Excelente

    5

    26

    4

    9

    11

    6

    24

    24

    1

    1

    96

    Excelente

    Bom

    4

    0

    0

    0

    0

    3

    0

    0

    9

    21

    37

    Bom

    Regular

    3

    0

    3

    0

    2

    6

    0

    0

    1

    0

    15

    Regular

    Mau

    2

    2

    15

    16

    15

    5

    0

    3

    13

    2

    73

    Mau

    Nulo

    0

    0

    6

    3

    0

    8

    4

    1

    4

    4

    30

    Nulo

    A tabela 10, do total absoluto das classificações atribuídas aos alunos expressa o fraco domínio de novos conhecimentos genéticos nos alunos do Lubango com relação aos do Namibe. Neste caso, consideramos que os conhecimentos sistemáticos adquiridos não são complementados pela busca parcial de informação.

    Tabela 11. Do valor médio do total absoluto das classificações sobre o Grau de conhecimento dos alunos da 10ª Classe.

    Excelente

    Bom

    Regular

    Mau

    Nulo

    Valor médio

    Lubango

    51

    20

    11

    39

    37

    3,056962025

    Namibe

    96

    37

    15

    73

    30

    3,473684211

    Total

    147

    57

    26

    112

    67

    A tabela 7 evidencia que o valor médio obtido a partir do total absoluto é bastante baixo no Lubango, sendo relativamente alto no Namibe, atendendo que se aproxima a 3,5.

    Gráfico 1. Dos resultados da avaliação do Grau de conhecimentos da Biotecnologia 10ª Classe.

    O gráfico 1. Dos resultados da avaliação indica claramente que os alunos desconhecem os conhecimentos biotecnológicos, pois a curva não obedece uma distribuição normal.

    Diagrama Nº 1. Da percentagem dos resultados da avaliação do grau de conhecimento dos Alunos da 10ª Classe.

    O diagrama1 indica que os resultados percentuais são negativos e não fogem dos apresentados no gráfico anterior, sobre os resultados da avaliação.

    Gráfico2. Comparação do grau de conhecimentos Biotecnológicos entre ambas Províncias.

    Já o gráfico 2 depois de analisados e comparados estes dados, concluímos que os conhecimentos Biotecnológicos na Província do Namibe são significativos atendendo que sobre passam as classificações negativas.

    Tabela 12. Identificação dos Professores.

    Medidas

    Idade Promédio

    Sexo

    Masculino

    %

    Feminino

    %

    IMN – NAMIBE

    43

       

    1- Namibe

    50

    IMN – Lubango

    44

    1- Lubango

    50

       

    A tabela 8, representa a identificação dos professores das duas províncias, em que se levou a cabo o nosso trabalho. Da análise e interpretação feita dos nossos resultados, as informações apresentadas, revelam que a idade oscila entre os 43 a 44 anos, para ambos os sexos, numa percentagem de 50% em cada caso.

    Tabela 13 – Entrevista ao Professor.

    Perguntas

    Sim

    %

    Não

    %

    1- A quanto tempo trabalha nesta Instituição?

    Professora: 10

    Professor: 6

    2- Tem enfrentado dificuldades metodológicas durante o seu desempenho?

    1

    50

    1

    50

    3- Considera importante o tratamento metodológico na etapa de planificação das aulas?

    2

    100

       

    4- Na abordagem dos novos conteúdos tem tido em conta os antecedentes que os alunos

    dominam?

    2

    100

       

    5- As actividades práticas têm sido a preocupação do professor? ________.

    2

    100

       

    6- Tem contextualizado os conteúdos programáticos?

    2

    100

       

    7- O programa aborda novos conhecimentos da engenharia genética? ______________. Quais são?

    1

    50

    1

    50

    8- Considera – os importantes? _______. Porquê? ____

    1

    50

       

    9- Conhece o período de vida e de conservação dos frangos comercializados no nosso País?

    1

    50

    1

    50

    10-Existe alguma diferença entre os produtos locais e importados? ______________.

    Que recomendações faria em torno disto?

    2

    100

       

    11- Que significado tem para o senhor professor o conceito OGMs (organismos

    genéticamente modificados)?

    1

    50

    1

    50

    Na tabela 13 a nossa reflexão basear-se-á em particular no tempo de serviço dos professores, como um indicador fundamental na determinação de algumas qualidades didáctico-pedagógicas. Face a esta situação, as evidências apresentadas indicam a existência de dificuldades de ordem metodológica, tendo em conta ao seu impacto no desempenho do professor. Os professores reconhecem igualmente, o papel dos antecedentes na actividade docente – educativa, da mesma forma que enfatizam o significado da actividade prática, na confirmação e reafirmação dos conhecimentos teóricos na prática. As respostas dadas com relação a contextualização do conteúdo, não são convincentes, atendendo ao índice de dificuldades observadas no 4º aspecto das nossas preocupações formuladas aos alunos. Chama-nos atenção a afirmação da professora ao aspecto 7, que não consta no programa em análise. Ainda existem dúvidas a cerca da importância dos conhecimentos da engenharia genética. Por um lado, um professor actualizado, a par dos últimos acontecimentos da ciência e técnica. E por outro, que diremos e que faremos do outro? Deste modo, reconhecemos o esforço que se tem feito sobretudo na busca de informações complementares aos conhecimentos já programados.

    Tabela 14. Questionário ao Professor.

    Perguntas

    Sim

    %

    Não

    %

    1- Para além do material didáctico, existem outros recursos ao seu dispor? Quais são?

    1

    50

    1

    50

    2- Dispõe de material didáctico suficiente e necessário ao seu desempenho?

    1

    50

    1

    50

    3.1- A escola tem - lhe apoiado neste sentido?

    1

    50

    1

    50

    3.2- Para além do manual os alunos têm tido outros recursos?

    1

    50

    1

    50

    3.3- A engenharia genética existe há anos?

    1

    50

    1

    50

    3.4- Já ouviu falar do DNA recombinante?

    1

    50

    1

    50

    3.5- É possível obter o DNA em sala de aula?

    1

    50

    1

    50

    3.6- Nas suas aulas o seu programa de Biologia da 10ª Classe, contempla os conteúdos relacionados com a Biotecnologia?

    a)- Os conhecimentos da biotecnologia promovem uma aprendizagem significativa nos alunos?

    b) Cite algumas implicações económicas, sociais, politicas, ambientais, etc., que os conhecimentos da biotecnologia reflectem.

     

     

     

     

    1

     

     

     

     

    50

     

     

     

     

    1

     

     

     

     

    50

    3.8 – A biotecnologia moderna é recente?

    2

    100

       

    Continuando com a nossa análise, a tabela 10, evidencia a diferença de disponibilidade do material didáctico e outros recursos possíveis, imprescindíveis no êxito do processo de ensino – aprendizagem. Tal como nos referimos no quadro anterior, sobre a existência de dúvidas a volta da biotecnologia por parte de um dos professores, consideramos desta maneira, que as limitações não correspondem únicamente aos novos conhecimentos biotecnológicos assim como também são verificáveis na abordagem dos conhecimentos já existentes no programa. Pelo que vemos, a falta de apoio da instituição compromete neste sentido, a efectividade de um trabalho e de certa maneira, pode frustrar o trabalho do professorado. Neste contexto, notamos que existe um certo comodismo por parte do professor, é verdade que a escola ao proporcionar um apoio material promove outro moral, mas esta questão deve ser bilateral. Não obstante, a visão recente da biotecnologia é unânime.

    Diário de Campo-Registo Nº1. Professora A

    A professora, cumprimenta os alunos e faz a chamada de controlo de presenças. Logo em seguida a professora A, estabelece uma breve conversa a cerca das orientações deixadas anteriormente a propósito da aula em que se fez o tratamento do conteúdo em causa. A continuação escreve o sumário no quadro.

    O DNA

    A professora começa a dar a aula, dizendo aos alunos: nós estamos a falar sobre o DNA. Lembrem – se que no interior de cada célula existem estruturas chamadas cromossomas nem, no seu interior existem macromoléculas, e uma delas é o DNA. O que é o DNA?

    Professora: É uma estrutura macromolecular com duas cadeias formadas por genes.

    Meninos, observem este esquema, que ilustra a estrutura molecular do DNA.

    Os alunos observam o esquema todos aglomerados a volta da professora. Ela (professora) prossegue a explicação e diz: Isto acontece na interfase.

    Professora: A molécula do DNA, é formada por duas cadeias. A parte contornada é constituída por genes.

    Professora: Qual é a função dos genes?

    Aluno: Os genes são responsáveis pela informação específica que se transmite de geração em geração.

    Professora: meninos, o DNA é um mundo fascínio e a partir do DNA (como estrutura biológica) o homem tem vindo a fazer ciência e assim, temos a Biotecnologia. A professora esclarece:

    Biotecnologia = Bio = Vida

    Teca = Tecnologia

    Professora: Meninos, a partir da Biotecnologia, o homem tem vindo a fazer culturas de microorganismos e cultivos do próprio DNA recombinante. Desta maneira – continua a explicar a professora, a preocupação de um casal sobre a paternidade do seu filho – encontra resposta no DNA.

    Aluno: Professora, ontem estava a assistir o programa televisivo "Ecos & Factos" – uma das peças exibidas, mostrou o seguinte

    - Uma porca pariu e um dos filhotes, nasceu com dois sexos (bissexual) e seis patas. Professora, trata – se neste caso, de malformação congénita? Ou o caso relaciona – se com o DNA?

    Professora: Esse caso, não se refere à malformação congénita, porque os indivíduos cruzados (porco e porca), se assim pensarmos, teriam as mesmas características, ou seja, bissexuais e seis patas.

    Aluna: Professora, o albinismo também é resultante de uma malformação congénita?

    Professora: Não, o albinismo deve – se à falta de síntese de um pigmento na pele denominado melanina, responsável pela cor normal da pele. No entanto, o albinismo é comum a todas as raças.

    Data: 21 de Outubro de 2005.

    Professora: O que é a clonagem?

    Meninos, vocês assistiram o <<Clone>> novela brasileira exibida pela TPA?

    Alunos: Sim, assistimos o <<Clone>>.

    Professora: Meninos, uma coisa, está certa, a mãe cria o clone e sente afecto, e o pai biológico reconhece a sua paternidade. Ai está, como podem ver, a importância do DNA.

    Aluno: Professora, o clone cria – se no laboratório?

    Professora: O pai adoptou o clone no laboratório, a mãe negra aceitou o filho branco e o pai, por sua vez, acreditou por um lado na realidade científica e por outro, na realidade biológica. No entanto, durante a realização dos seus ensaios, <<mata>> vários clones, até a satisfação positiva dos seus intentos.

    Meninos, assim sendo, houve transferência de caracteres hereditários através dos gâmetas, o que quer dizer, que as gerações herdaram a informação genética, inclusive os seus comportamentos.

    Aluna: O cantor brasileiro Leandro, depois da sua morte, uma moça pediu que lhe fosse feita a inseminação artificial (resultante do sémen do cantor).

    Aluna: Professora, este caso deve – se considerar como clonagem?

    Professora: Não, este caso relaciona – se com o banco de dados, conforme o que estudaram ontem, não tem relação com a clonagem.

    Este DNA, é que será trabalhado para dar origem a uma nova célula.

    Aluna: Professora, os cientistas não se prendem a alguém para lhe fornecer essas células?

    Professora: Sim, na realidade há quem vende.

    Aluna: Com base no sémen do doador, em que princípios os cientistas, se baseiam para fazer a clonagem?

    Professora: Meninos, os cientistas baseiam – se nas características que querem dessa pessoa.

    Meninos, muita atenção, na técnica de laboratório com a célula, o cientista, não cria a célula.

    Aluna: Professora, para o cientista obter este ser (clone), entrou em contacto directo com a pessoa?

    Professora: Não, o fundamental para o cientista é o aspecto físico e o comportamental do indivíduo (pessoa), quer dizer, o cientista só vai extrair dessa pessoa, essa pequena porção de matéria viva, isto é o sémen.

    Aluno: Professora, o cientista vai ao banco de dados motivado pelas características da pessoa?

    Professora: meninos, não! Nessas circunstâncias, o interessado é a pessoa comovida e não o cientista.

    Aluna: Professora, em caso de troca do sémen, quem é o culpado?

    Professora: Nesses casos, o culpado é o técnico de laboratório.

    Benefícios e riscos do DNA – recombinante

    Professora: As bactérias podem ganhar resistência ante os medicamentos. A acção em termos de tempo e antibióticos pode não fazer o efeito prescrito.

    Resistência de plantas e insectos a geadas. O nosso agricultor tem dificuldades em combater tudo isso. Animais com tamanho normal, caprino, ovino.

    Ao visitar a Fazenda do Sr. Borges, vemos raças portuguesas e holandesas, para animais de grande porte, quanto mais grandes forem melhor serão as novas raças. Este é o resultado do fascino da genética. E o caso daquele homem que diz acreditar em Deus, não, mas sim na Genética.

    Mas cuidado sempre com as suas desvantagens.

    Os debates continuavam e os alunos apresentavam situações de casamentos por consanguinidade no homem (ver as pags. que se seguem).

    A Professora reconhece a sua posição em relação ao cruzamento por consanguinidade e diz: Com respeito a este aspecto pedimos a Professora C que nos esclareça esta situação.

    Exploração da questão apresentada pelo aluno: Ao começar a Professora C disse:

    Em relação ao cruzamento por consanguinidade é preciso saber primeiro em que é que consiste:

    O cruzamento por consanguinidade, consiste no apareamento entre irmãos e ou entre os pais e a descendência, sendo extensivo as plantas (por mecanismo de auto fecundação).

    Em segundo lugar, requer uma selecção dos indivíduos que reúnem determinadas características úteis do ponto de vista económico, tendo sempre em vista um objectivo pré determinado.

    Isto tudo porque a primeira geração filial (F1), é débil, face aos factores ambientais e alguns casos manifestam determinadas doenças (depressão por consanguinidade).

    E para a estabilização destas raças pode-se fazer um retro cruzamento, efectuando o cruzamento entre a descendência com um dos progenitores, em dependência do sexo. Ou então cruzar as novas linhas consanguíneas seleccionadas.

    No Homem o cruzamento por consanguinidade não é aconselhável, se bem que pela tradição africana, varia de tribo a tribo e que os casos têm sido raros. Mas a verdade é que as experiências práticas vividas indicam que a maior parte dos descendentes, têm sido nados mortos, não excedem os dois meses de vida e com frequência, manifestam desequilíbrio no material genético, ou então indivíduos com a acromegalia genética com alterações morfológicas e funcionais.

    Aluna: Ontem ao ir a casa deparei-me com uma situação crítica. Acho que a mãe que teve aquele filho, que aparentava ter 12 anos, com extremidades curtas e uma cabeça pequena, será também mal formação congénita, professora? A professora diz o seguinte: " a Professora C, irá ajudar-nos neste sentido, não é professora C?

    Largamos novamente os registos e colocamo-nos mais uma vez a disposição da turma:

    O tema é bastante polémico. Gostaríamos de ter visto a criança. È prematuro admitirmos tal situação como uma mal formação congénita, atendendo que sobre o desenvolvimento individual, incide a influência de vários factores abióticos (ambientais) e bióticos. Falando de factores abióticos é preciso que recordemos dos factores do meio externo e os do meio interno, sendo estes últimos de acção directa sobre a célula, no interior da qual se encontram os cromossomas como portadores dos caracteres hereditários, susceptíveis a câmbios mutagénicos de ordem cromossómica ou de ordem gênica.

    Seria bom conhecermos o regime alimentar desta senhora durante a gestação, saber se fumava, bebia, se o ambiente familiar era pacífico acolhedor ou agradável, ou de brigas. Perguntaríamos se viveu numa zona afectada pela guerra (…), porque por regra, estes indivíduos nascem de pais com um número normal de cromossomas, ou seja 46 cromossomas.

    O que podemos considerar, como fruto de uma disjunção de um par de cromossomas homólogos.

    Isto, ocorre durante o entre cruzamento genético, na meiose. Em que um par de cromossomas homólogos ao associar-se já não chega a separar-se como ocorre normalmente e mantêm-se unidos através de quiasmas, durante a sinapse (química) e passam assim a célula filha.

    A nova célula chega ao estado final com um cromossoma a mais neste caso com 22 casos e um trio, cujo desenvolvimento dará origem a um mongólico.

    Outra causa da não disjunção cromossómica, reside na aparição de sindromas de Klinefelter, de Turner (entre outros).

    Vejamos o efeito do álcool sobre o desenvolvimento individual narrado na revista despertai (2005).

    Bebés Envenenados

    Uma consequência trágica do abuso do álcool é o seu efeito sobre o feto.

    " O álcool é muito pior para o desenvolvimento do feto do que qualquer outra droga usada de forma errada", divulga o jornal internacional Herald tribune.

    Ao ingerir o álcool uma mulher grávida, a criança em desenvolvimento também absorve o efeito tóxico, extremamente prejudicial nesses estádios de formação do indivíduo.

    Os danos alcoólicos são irreversíveis ao S.N.C. Os neurónios não se formam correctamente e as células morrem, enquanto que as outras desenvolvem-se no lugar errado.

    Como resultado ocorre o síndroma alcoólico fetal (SAF), como causa do retardo mental em recém-nascido.

    Dificuldades associadas ao SAF

    1. Diminuição da capacidade intelectual
    2. Problemas linguísticos
    3. Atraso no desenvolvimento
    4. Disfunção ou deficit comportamental
    5. Crescimento lento
    6. Hiperactividade
    7. Distúrbios auditivos e visuais
    8. Deformações faciais características nalguns bebés (2005)

    Tem-se registado ainda deficiências, problemas de comportamento e deficit de aprendizagem em crianças inclusive de mães que bebem moderadamente.

    Segundo o relatório do Instituto Nacional de Saúde de Pesquisas Médicas da França, Álcool – Effet sur La Santé (Álcool – Efeitos sobre a Saúde)

    Partes: 1, 2, 3, 4, 5


     Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 



    As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.