O renascimento da Religião na era pós-Metafísica não é apenas o resultado de um mal-entendido, mas pode mesmo parecer teoricamente legítimo se reconhecermos que existe um profundo parentesco (...) entre tradição religiosa do Ocidente e pensamento do ser como evento e como destino de enfraquecimento.
G. Vattimo. Depois da cristandade.
O fim da Metafísica, bem como a morte de Deus, é um evento que o pensamento não deve registrar ‘objetivamente’, mas ao qual ele é chamado a dar uma resposta.
G. Vattimo. Depois da cristandade.
Vattimo aparece ao lado de outros grandes nomes da Filosofia contemporânea. Nomes como Jacques Derrida, Maurizio Ferraris, Hans Georg-Gadamer, Aldo Gargani, Eugenio Trias, Vincenzo Vitielo, Richard Rorty, Karl Löwith, além de Luigi Pareyson, de quem fora discípulo. Sua vasta produção filosófica e a forte atuação política conferem a Vattimo o reconhecimento de ser ele, um dos maiores e mais notáveis intelectuais destes tempos, cuja abrangência de pensamento não se restringe à Filosofia italiana, mas alcança o Ocidente como um todo.
Com o conceito de pensiero debole, ou pensamento fraco – expressão cunhada pelo italiano –, Vattimo postula a fragilidade, a transitoriedade como característica estrutural da Pós-modernidade. Tal pensamento está impregnado de uma vocação niilista, em virtude da decadência das estruturas fortes da tradição Metafísica. Nesse sentido, o pensamento fraco se inscreve no processo de secularização da Filosofia para tornar-se Filosofia da secularização.
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