Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 


O Homem: Esse projeto mal-acabado (excertos de uma tese despretensiosa) (página 4)


Partes: 1, 2, 3, 4

Ainda em relação ao tema do senso moral e sua deformação em razão de uma falsa religião, Helio Piñón nos recorda que "o juízo moral autêntico determina a conduta por motivos de interesse prático: a moral trata de regular os comportamentos com o fito de garantir a convivência dos humanos na Terra; [...] O juízo moral, portanto, não possui objeto – no sentido que tem o uso da razão: o conhecimento da natureza –, senão que está movido pelo interesse pessoal"[165]. Reforçando:

"O fato de que o termo moral (destaque no original) se interioriza a miúde como código de conduta prescrito por uma ou outra doutrina, religiosa ou laica, referido a uma bondade ou malícia intrínsecas à consciência de cada indivíduo, não deveria confundir a ninguém respeito à natureza do juízo moral, em sentido mais amplo: i.e., enquanto sistema de normas de conduta orientado à convivência, cujo cumprimento resulta do interesse prático para os humanos"[166].

Dessarte, a moral (ou o juízo moral) é um código condutual/comportamental socialmente estabelecido e de acordo aos interesses dos seres humanos em determinado tempo e lugar, não necessariamente servindo como paradigma genérico amplo e em difusão maciça, mas sim específico e situacional. Ilustrando: uma conduta que para nós, ocidentais, poderia parecer agressiva, para os chineses refletiria como absolutamente normal.

Neste sentido, Weber, em suas contestações a algumas escolas alemãs do pensamento social e econômico do século XIX, referiu-se a Roscher e Knies ao analisar-lhes certa confusão apresentada quando estes estudiosos confrontaram "o compromisso com o método empírico rigoroso e o uso de conceitos "místicos", oriundos da filosofia idealista clássica, e a questão da suposta "subjetividade irracional" do comportamento humano comparada à "previsibilidade" do mundo natural"[167]. Este estudioso alemão, tido como um dos pais da sociologia, entendia que a previsibilidade, tanto dos atos humanos como os da natureza, era irretorquível, sendo ainda mais previsíveis as ações humanas de alguém que conhecemos, do que aquelas que intentam antever o comportamento meteorológico. Não existiria, portanto, a tal irracionalidade na conduta humana, salvo que se estivesse observando o atuar de alguém considerado insano – o que, em termos práticos e segundo o supra exposto, representaria algo como insanidade compactuada pela sociedade humana e não necessariamente um ato naturalmente insano.

Ilustremos. Se remontássemos à era em que estava em vigência a Lei do Talião ("olho por olho, dente por dente")[168], teríamos que a morte de um indivíduo, se devidamente comprovada no tosco juízo babilônico, era paga com a vida do pretenso assassino. Aos juízos morais impostos pelo rei Hamurabi, pouco importava que a prova fosse irrecusável, efetiva e concretamente comprovada; impunha-se a ordem pela violência bruta e assim era pacificamente aceita pela sociedade. Em similar diapasão e como já tivemos oportunidade de observar, durante a vigência do Santo Ofício inquisitorial (Idade Média), bastava o testemunho de outrem para que pretensos hereges fossem torturados e mortos de maneira brutal, por denegarem o Deus cristão.

Diante desta breve explanação, o bem e o mal eram qualificados e quantificados segundo a ótica social vigente à época dos seus julgamentos, ratificando a variabilidade do juízo moral/condutual em concordância com os costumes e as codificações vigentes, estivessem ou não plasmadas em verdadeiros e racionais códigos tutelares.

Aliás, não seria exagero afirmar que ainda hoje, pleno século XXI, nossas codificações persistam arcaicas e em desacordo com a realidade dos atos que ordenam. O legislador atual, a exemplo dos antigos e até dos primitivos, redige a norma como se desconhecesse o verdadeiro mal que ela penaliza ou o verdadeiro bem que ela tutela.

Ilustremos para não parecermos exagerados, já que bem a propósito deste breve excerto sobre o bem e o mal. Tomemos como exemplo as contravenções penais. Tidas como crimes de menor potencial ofensivo, qualquer uma das já classificadas e codificadas pode, se não inibida em tempo hábil, tornar-se um crime de máximo potencial ofensivo.

Observe-se, v.g., o crime de perturbação do trabalho ou do sossego alheios (Art. 42 da Lei das Contravenções Penais – LCP). Crime tido como "usual, comum, típico da sociedade pós-moderna", etc. – segundo os sociólogos de plantão –, quando denunciado, este acaba por fenecer já na instância da repressão policial. E se caso chegasse à instância de julgamento (Juizados Especiais Cíveis e Criminais – Lei 9.099/95), dificilmente restaria inibido, incentivando o contraventor a reincidir em razão da impunidade que o acoberta. Mas há perturbações e perturbações, convenhamos. O vizinho que incomoda seu lindeiro, cuja residência também lhe serve de local de trabalho (fato nada incomum em nossos dias), e o faz com frequência crescente (incentivado pela impunidade), pode levar o desafeto a reagir com violência desmesurada, tomado por violenta emoção (homicídio privilegiado, Código Penal, art. 121, § 1º), e o menor potencial ofensivo transformar-se-á em perda de uma vida ou, ao menos, em ferimentos graves ou gravíssimos. Destarte, a codificação teria se prestado à potencialização do mal, do crime.

Aproveitando o ensejo, sublinhe-se que a atual onda de descriminalização tem sido, na prática, um incentivo à prática delituosa. Nesta figura se enquadram transgressões como o abuso do uso irresponsável de artefatos explosivos de alto poder (foguetes, rojões, morteiros etc.), agredindo animais, humanos, a natureza em si. As ditas forças de repressão policial às vezes se vêm impotentes para coibir a multiplicação desses grosseiros abusos, ou então simplesmente os menosprezam sob a égide de um argumento torpe: por serem considerados de menor potencial ofensivo, acabam sendo subvalorizados e relegados em benefício de pretensos crimes de maior violência. Desde já, diga-se que tal argumentação, ademais de obtusa, configura-se permissiva e igualmente criminosa.

Como epílogo deste capítulo introdutório, permitimo-nos reproduzir os lúcidos ensinamentos de Marcelo Cunha de Araújo, ativo membro do Ministério Público Criminal do Estado de Minas Gerais, que tem se notabilizado pela incansável batalha contra a ineficiência e ineficácia estatal no combate aos atos delituosos em amplo espectro. Segundo este estudioso,

"[...] a elaboração de um novo Código Penal, com a reavaliação das bases filosóficas mais adequadas aos dias atuais e, também, uma original parte especial, com o enxugamento e a sistematização das condutas que ainda necessitam ser consideradas como crimes, torna-se premente.

Nada disso terá qualquer valor se não existir uma conscientização e uma limitação do Poder Legislativo na criação de novas condutas criminosas. A elaboração de leis inovadoras, que intentam coibir condutas perniciosas capitulando-as como crimes, não é, em si, ruinosa. Muito pelo contrário. A improbidade apenas ocorre quando se tenta resolver um problema social pelo único meio da normatização penal"[169].

Primeiro que tudo lhe assiste toda razão ao estudioso supracitado, ao apontar para o insofismável fato de que não se resolvem problemas sociais pela única via penal. Problemas sociais advêm das fontes primárias (fundamentais, posto que construtoras do seu caráter e da sua personalidade) do indivíduo: educação familiar, educação formal, círculo de exemplos construtivos em seu meio de desenvolvimento, bases sólidas de valores éticos e morais, correção permanente de atos desviados em ações preventivas e proativas, entre outras medidas salutares que conformam a educação como um todo. Educação, destarte, é a palavra de ordem suprema.

Em segundo lugar, mas com idêntica importância, ao Estado cabe propiciar ao indivíduo todas as condições dignas e humanas de sua formação cidadã, como complemento fundamental para sua educação. Inexistindo este requisito ou, ainda, em sendo este falho, haverá fatalmente "naturais" desvios de rota que poderão degenerar no incentivo aos atos penalmente reprováveis.

Em terceiro lugar e em paralelo aos indicadores anteriores, cabe ao próprio indivíduo, de pose da sua capacidade de livre arbítrio, optar por caminhos condutuais que o afastem de eventuais desvios de rota, usualmente perniciosos e detratores da sua personificação cidadã. A vida em sociedade, desde sempre, impôs limitações ao atuar humano a partir do princípio histórico da convivência pacífica, produtiva e colaborativa em prol da sociedade como um todo coeso. Menosprezar este princípio é contribuir fatalmente para a anarquia descontrolada e para o caos generalizado.

CAPÍTULO 3

O Homem: um animal racional?

"Cuando observo con cuidado los curiosos hábitos de los perros, me veo obligado a concluir que el hombre es un animal superior. Cuando observo los curiosos hábitos del hombre, le confieso, amigo mío, que me quedo intrigado" (Ezra Pound – 1885-1972).

(SEGUE)

 

Autor:

Juan Ygnácio Koffler Añazco

johnny.koffler[arroba]gmail.com

1976-2015


[1] . DURKHEIM, Emile (1972). Selected writings. Introduction by Anthony Giddens. New York (NY): Cambridge University Press, 1972.

[2] . Em realidade (e a priori) o homem seria um produto da natureza - ao igual que as dez milhões de espécies que com ele coabitam -. Contudo, se acatarmos o pressuposto que assevera ser o ser humano uma evolução dos animais (teoria da evolução natural), apenas com características orgânicas e intelectuais (inteligência superior) mais avançadas, então seria um animal em processo evolutivo que, por puro acidente, superou a evolução das demais espécies. Ilustrativamente expondo, se as mutações arbitrárias houvessem ocorrido de maneira distinta, quiçá coubesse aos símios estarem hoje no lugar dos humanos - e nós no lugar deles -. Assim: "se o homem é produto de um processo de evolução natural, em última instância não é mais que o subproduto acidental de centenas de milhares de mutações genéticas aleatórias" (MacArthur, John. Battle for the beginning. Nashville, USA: W. Publishing/Thomas Nelson Inc., 2001, p. 40).

[3] . OLIVEIRA, Argemiro (2011). O Olimpo da Bíblia Sagrada. São Paulo: Biblioteca24horas, 2011, p. 39.

[4] . Idem, ibidem.

[5] . Os capítulos conceituais desta tese não almejam, nem de longe, esgotar os temas - o que seria despropositado para uma obra derivada de uma tese científica. Abordagens conceituais e de teor histórico visam apenas á elucidação básica do leitor e como cenário no qual se insere o tema da tese em si.

[6] . AMEGHINO, Florentino (1928). Filogenia: principios de clasificación transformista basados sobre leyes naturales y proporciones matemáticas.Buenos Aires: L.J. Rosso, 1928.

[7] . AMEGHINO (1928), op.cit, p. 6.

[8] . Idem, ibidem.

[9] . FOSSEIS... (1998). Fósseis: guia prática. Maria Lúcia Cavinato (Trad.). São Paulo: Nobel, 1998, p. 15.

[10] . Note o leitor que restringimos nossa abordagem a apenas dois estudiosos - Darwin e Ameghino - embora não se possam desprezar as contribuições de outros cientistas sociais, atuantes nesse âmbito central e no dos seus temas transversais e correlacionados. Assim procedemos apenas para delimitar nossa análise, pois que não é principal escopo desta tese, mas mera contribuição informativa e situacional.

[11] . AMEGHINO (1928), op.cit, p. 7.

[12] . XAVIER, Juarez Tadeu de Paula(2009). Teorias antropológicas. Curitiba: IESDE, 2009, p. 44.

[13] . FOSSEIS... (1998). Fósseis: guia prática. Maria Lúcia Cavinato (Trad.). São Paulo: Nobel, 1998, p. 15.

[14] . VIZCAÍNO, Sergio F.; KAY, Richard F.; BARGO, Susana M. (2012).Background for a paleoecological study of Santa Cruz Formation (late Early Miocene) on the Atlantic Coast of Patagonia".In: "Early Miocene Paleobiology in Patagonia". Cambridge (UK): Cambridge University Press, 2012, p. 7.

[15] . VIZCAÍNO, KAY & BARGO (2012), op.cit, p. 3.

[16] . NASCIMENTO, Elisa Larkin (2008). Introdução ás antigas civilizações africanas. In: "A matriz africana no mundo", Elisa Larkin Nascimento (Org.). São Paulo: Selo Negro, 2008, p. 56-57.

[17] . KLEIN, Richard G. (2005). O despertar da cultura: a polêmica teoria sobre a origem da criatividade humana. Blake Edgar (Colaborador). Ana Lúcia Vieira de Andrade (Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005, p. 25.

[18] . KLEIN (2005), op.cit, p. 27.

[19] . KLEIN (2005), op.cit, p. 28.

[20] . Apud KLEIN (2005), p. 31.

[21] . Apud KLEIN (2005), op.cit, p. 31.

[22] . OPARIN, Alesksandr Ivanovich (1989). El origen de la vida. Madrid: Ediciones AKAL, 1989.

[23] . TILLICH, Paul (2005). Teologia sistemática. Getúlio Bertelli e Geraldo Korndörfer (Trad.). São Leopoldo: Sinodal, 2005, p. 475.

[24] . Idem, ibidem.

[25] . A palavra vida neste contexto desenhado por Tillich redunda na mescla dos elementos essenciais e existenciais, o que, para Aristóteles, seria a distinção entre dynamis e energeia, ou potencialidade e efetividade, através da ótica existencialista. Aristóteles já sublinhava em seu tratado uma tensão ontológica permanente entre a matéria e a forma, aplicável a toda a existência. (TILLICH [2005], op.cit, p. 476).

[26] . MADIGAN, Michael T.; MARTINKO, John M.; DUNLAP, Paul V.; CL ARK, David P. (2010). Microbiologia de Brock. 12 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2010.

[27] . Idem, p. 368.

[28] . Segundo Mark Ridley, a classificação mais primária da vida celular é composta por uma árvore trifurcada formada por: arqués, bactérias e eucariotos, explicando: "As arqués e as bactérias são procariotos, e ambas existiam na Terra há 2 a 3 bilhões de anos. O outro tipo de célula, a eucariótica, evoluiu depois dos procariotos. A época de origem dos eucariotos é incerta. O quadro mais antigo é de cerca de 2,7 bilhões de anos" (RIDLEY, Mark [2006]. Evolução. 3 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2006).

[29] . Se o leitor se interessar pelo aprofundamento no tema da microbiologia, nada melhor do que revisar as obras ora citadas e referenciadas, de Madigan, Martinko, Dunlop e Clark (2010) e de Ridley (2006).

[30] . Op.cit, p. 369.

[31] . NOIRLIEU, Martinho de (1850). Bíblia da infância, ou Historia resumida do velho e novo testamento referida a meninos de oito a doze anos. P. Antonio de Castro (Tradutor). Nova Edição, Tomo 1. Lisboa: TYP, de José B. Morando, 1850, p. 4-7. (Nota: Esta obra está redigida no Português arcaico, que dificulta um pouco sua compreensão, motivo que nos levou a adaptá-la ao Português moderno, não obstante tivéssemos mantido a estrutura solene do Português clássico).

[32] . FERNÃNDEZ, Francisco José Gómez (2007). Dioses, Templos y Oráculos. Creencias, cultos y adivinación en las grandes civilizaciones del pasado. Madrid: Ediciones Nowtilus, 2007, p. 19.

[33] . COULANGES, Fustel de (2006). La ciudad antigua. Valladolid: Editorial MAXTOR, 2006, p. 12.

[34] . Idem, p. 19.

[35] MORRIS, Brian (1995). Introducción al estudio antropológico de la religión. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 1995, pp. 34-35.

[36] Idem, pp. 35-36.

[37] Ibidem, p. 36.

[38] Aparições ou revelações do sagrado.

[39] ELIADE, Mircea (1972). Tratado de historia de las religiones. México (DF): Ediciones Era, 1972, p. 26.

[40] Idem, p. 30.

[41] Idem, pp. 52-53.

[42] OHANIAN, Pascual C. (2012). Prehistoria de los armenios. Analecta de arqueología armenia. Buenos Aires: © del Autor, 2012, p. 18.

[43] Idem, p. 19.

[44] JAMES, E. O. (1973). Religión Prehistórica. In: "Historia Religionum - Manual de Historia de las Religiones. I Religiones del Pasado", E. J. Brill. J. Valiente Malla (Trad.). Madrid: Ediciones Cristiandad, 1973, p. 35.

[45] Ibidem.

[46] Ibidem.

[47] Apud JAMES (1973), op.cit., p. 36.

[48] Ibidem.

[49] Ibidem.

[50] Idem, p. 37.

[51] Ibidem.

[52] BOORSTIN, Daniel Jospeh (1995). Os criadores: Uma história da criatividade humana. José J. Veiga (Trad.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995, p. 59.

[53] Idem, p. 61.

[54] Ibidem.

[55] Idem, p. 63.

[56] BOTTéRO, Jean, OUAKNIN, Marc-Alain, MOINGT, Joseph (1997). La más bella historia de Dios. Santiago de Chile: Editorial Andres Bello, 1997, pp. 20-21.

[57] Idem, p. 21.

[58] MORIN, Dominique (1993). Por falar de Deus. São Paulo: Edições Loyola, 1993, p. 14.

[59] BABUT, étienne (2001). O Deus poderosamente fraco da Bíblia. São Paulo: Edições Loyola, 2001, p. 9.

[60] Babut (2001), op.cit, p. 9.

[61] Allan Kardec, pseudónimo do originalmente batizado como Denizar-Hippolyte-Léon Rivail, nasceu em 3 de outubro de 1804 na cidade de Lyon (França). Descendente por linha paterna de tradicional família de juristas e, por linha materna, de teólogos ilustres, matemáticos e escritores - o que definitivamente não lhe empresta qualquer conotação de herança intelectiva, mas sim apenas de berço nobre -, Kardec foi o fundador do Espiritismo (Codificação Kardeciana), dentre cujos princípios encontra-se o da reencarnação, i.e., "das vidas sucessivas e interdependentes". O nome assumido em substituição ao de batismo, segundo se conta, adveio de um sacerdote druida (Allan Kardec) e, supostamente, por haver muito de espiritismo no druísmo, ademais de outros prováveis fundamentos. O certo é que há "coincidência entre certos princípios do Druidismo e a obstinação de Allan Kardec em subtrair o Espiritismo á tendência das massas menos cultas e transformá-lo numa religião. Neste particular, a concessão máxima que se pode fazer fê-la Sir Arthur Conan Doyle, chamando-o de religião psíquica, isto é, uma filosofia prática que leva a criatura para uma etapa religiosa muito superior á moral comum, desde que 'a moral é a media do comportamento do grupo social' e aquele conduz para um limite superior, no qual, tornando-se altamente consciente, a criatura é, simultaneamente, templo, sacerdote e penitente". Todavia, o próprio Kardec sempre fez questão de sustentar que o Espiritismo era 'uma filosofia científica de consequências religiosas, mas não uma religião' (KARDEC, Allan [1995]. O principiante espírita. São Paulo: Editora Pensamento, 1995, pp. 9-11).

[62] KARDEC, Allan (2012). A Gênese, os Milagres e as Predições. Gillon Ribeiro (Trad.). São José do Rio Preto (SP): Editora Virtude Livros/Virtue Participações, 2012, Capítulo "Caracteres dos Milagres", s/p.

[63] . DARWIN, Charles; BONZON, Barroso (1963). El Origen de las especies por la selección natural, v. 2. Madrid: Ediciones Ibéricas, 1963, p. 48.

[64] . HOOKER Apud DARWIN (1963), op.cit. p. 51.

[65] . STANLEY, Steven M. (1986). El nuevo cómputo de la evolución: fósiles, genes y orígenes de las especies. Madrid: Siglo XXI de España Editores, 1986, p. 41.

[66] . Cuvier admitia uma divisão em quatro grandes grupos zoológicos naturais, dentre os quais o dos vertebrados - animais com coluna vertebral - se inseria nesse divisão, que passou a ser reconhecida como divergência evolutiva e que, em sentido metafórico, recebeu a denominação de árvore da vida (STANLEY, 1986, op.cit. p. 24-25).

[67] . BUFFON, Georges-Louis Leclerc Comte (1854). Los tres reinos de la naturaleza o museo pintoresco de historia natural: Zoología. Dirección de Don José Monlau. Tomo IV. Madrid: Imprenta de Gaspar y Roig, Editores, 1854, p. 15.

[68] . CABEZAS OLMO, Encarnación (2002). La Tierra, un debate interminable: una historia de las ideas sobre el origen de la Tierra y el Principio de Uniformidad. Zaragoza: Prensas Universitarias de Zaragoza, 2002, p. 101.

[69] . CABEZAS OLMO (2002), op.cit., p. 110.

[70] . Apud MORENO, Luis Fernández (2004). Un ejemplo de cómo no se debe argumentar contra el relativismo epistemológico: Karl Popper. In: "Hipótesis y verdad en ciencia. Ensayos sobre la filosofía de Karl Popper", Andrés Rivadulla (Editor). Madrid: Editorial Complutense / Universidad Complutense de Madrid, 2004, p. 309.

[71] . Idem, p. 310.

[72] . SOLANO, José Francisco Martínez (2005). El problema de la verdad en K. R. Popper: reconstrucción histórico-sistemática. Madrid: NETBIBLO, 2005, p. 160.

[73] . Apud SOLANO (2005), op.cit, p. 162.

[74] . GORTARI, Elí de (1988). Diccionario de la lógica. México, D.F.: 1988, p. 555.

[75] . DUROZOI, Gérard (1993). Dicionário de Filosofia. Marina Appenzeller (trad.). Campinas, SP: Papirus, 1993.

[76] . Idem, p. 317.

[77] . Apud RANFF, Viki (2005). Edith Stein: en busca de la verdad. Vicente Ayuso (Trad.). Madrid: Ediciones Palabra, 2005, p. 144.

[78] . Idem, p. 145.

[79] . Idem, p. 147.

[80] . KIRCHOF, Edgar Roberto (2003). A estética antes da estética. De Platão, Aristóteles, Agostinho, Aquino e Locke a Baumgarten. Canoas: ULBRA - Universidade Luterana do Brasil, 2003, p. 101.

[81] . Idem, ibidem.

[82] . PIEPER, Josef (2000). Escritos sobre el concepto de filosofía. v. 3. Madrid: Ediciones Encuentro, 2000, p. 187.

[83] . Apud PIEPER (2000), op.cit, p. 188.

[84] . Apud LARRAÑETA, Rafael; OLLETA, Rafael Larrañeta (1990). La interioridad apasionada: verdad y amor en SØren Kierkegaard. Salamanca: Editorial San Esteban, 1990, p. 103.

[85] . Idem, p. 104.

[86] . Idem, Ibidem.

[87] . Idem, p. 105.

[88] . WHITE, Michael (2003). Rivalidades produtivas: disputas e brigas que impulsionaram a ciência e a tecnologia. 2 ed. Aluízio Pestana da Costa (Trad.). Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 56.

[89] . Apud ROSS, George MacDonald (2001). Leibniz. São Paulo: Edições Loyola, 2001, p. 68.

[90] . Idem, p. 67-68.

[91] . LACERDA, Tessa Moura (2005). A política da metafísica: teoria e prática em Leibniz. São Paulo: Associação Editorial Humanitas, 2005, p. 51.

[92] . Idem, Ibidem.

[93] . Idem, p. 52.

[94] . Idem, Ibidem.

[95] . Idem, Ibidem.

[96] . REALE, Giovanni (2005), Metafísica. Ensaio Introdutório. 2 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005, p. 37.

[97] . SANTOS, Luiz Henrique Lopes dos (2008). A essência da proposição e a essência do mundo. In: "Tractatus Logico-Philosophicus", Ludwig Wittgenstein; Luiz Henrique Lopes dos Santos (Trad., Apresent, Estudo introdutório); [Introdução de Bertrand Russell]. 3 ed. 1 reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008, p. 14-15.

[98] . Idem, p. 41-42.

[99] . PANENBERG, Wolfhart (1988). Teología Sistemática. v. 1. Madrid: Universidad Pontificia Comillas de Madrid, 1988, p. 73.

[100] . Idem, Ibidem.

[101] . Idem, p. 74.

[102] . PANNENBERG (1988), op.cit, p. 88.

[103] . CONILL, Jesús (1988). El crepúsculo da Metafísica. Barcelona: Editorial Anthropos, 1988, p. 8.

[104] . Idem, p. 12.

[105] . MILLÃN-PUELLES, Antonio (2002). La lógica de los conceptos metafísicos - Tomo I: La lógica de los conceptos trascendentales. Madrid: Ediciones Rialp, 2002, p. 11.

[106] . WOOD, Allen W. (2008). Kant. Introdução. Porto Alegre: Artmed Editora, 2008, p. 45.

[107] . Idem, Ibidem.

[108] . DALBOSCO, Cláudio A. (2000). Idealismo transcendental e ontologia. In: "Temas sobre Kant: metafísica, estética e filosofia política", Angelo V. Censi (Org.). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.

[109] . HÃ-SLE, Vittorio (2007). O sistema de Hegel: O idealismo da subjetividade e problema da intersubjetividade. São Paulo: Edições Loyola, 2007, p. 36.

[110] . CASTRO, Manual Cabada (1980). Feuerbach y Kant - Dos actitudes antropológicas. Madrid: Universidad Pontificia Comillas de Madrid, 1980, p. 52.

[111] . REDYSON, Deyve (2009). Dossiê Schopenhauer. São Paulo: Universo dos Livros, 2009, p. 43-44.

[112] . Apud SCOPINHO, Sávio Carlos Desan (2004). Filosofia e sociedade pós-moderna: crítica filosófica de G. Vattimo ao pensamento moderno. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004, p. 105.

[113] . Livro editado por Aldo Giorgio Gargani, em 1979.

[114] . TEIXEIRA, Evilázio (2006). Pós-modernidade e niilismo - Um diálogo com Gianni Vattimo. In: Revista ALCEU, 7(13), p. 209-224, jul./dez. 2006. ISSN 1518-8728. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-RIO, 2006.

[115] . ECO, Umberto (2007). Weak Thought and the limits of interpretation. In: "Weakening Philosophy: Essays in Honour of Gianni Vattimo", Santiago Zabala (Ed.). Québec: McGill-Queen's University Press, 2007, p. 37.

[116] . AQUINO, Tomás de (2003). Suma Teológica I. 2 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2003, p. 164.

[117] . POTTERIE, Ignace de la (1993). História e Verdade. In: "Problemas e perspectivas de Teologia Fundamental", René Latourelle, Gerald O'Collins (Orgs.). São Paulo: Edições Loyola, 1993, p. 95.

[118] . Idem, Ibidem.

[119] . Idem, p. 96.

[120] . Por ser um subtema transversal que destoa de nossa tese, sugerimos ao leitor buscar fundamentos sobre esta discussão na obra de Ignace de la Potterie, já referenciada acima, bem como repassar os conceitos de verdade na tradição platônica, no racionalismo de Descartes, ou no historicismo de Giambattista Vico.

[121] . CURY, Augusto (2011). O mestre dos mestres: Jesus o maior educador da história. 2 ed. Alfragide (Portugal): Livros d'Hoje-Publicações Dom Quixote/Grupo LeYa, 2011, p. 99.

[122] . Idem, Ibidem.

[123] . Idem, p. 100.

[124] . Idem, Ibidem.

[125] . BAUM, William M. (2005). Compreender o Behaviorismo - Comportamento, cultura e evolução. 2 ed. (revisada e ampliada). Porto Alegre: ARTMED Editora, 2005, p. 36.

[126] . Apud BAUM (2005), op.cit, p. 36.

[127] . Apud NAVIA, Ricardo (1999). Verdade, racionalidade e relativismo em H. Putnam. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999, p. 15.

[128] . Apud NAVIA (1999), op.cit, p. 14.

[129] . Idem, p. 16.

[130] . Idem, p. 17.

[131] . BERGUA, Juan B. (1964). Historia de las religiones - Tomo Primero. Ãvila (España): Editorial y Gráficas Senén Martín, 1964, p. 7.

[132] . VITSAXÍS, Vasilis (2007). El mito: punto de referencia en la búsqueda existencial. 1 ed. Buenos Aires: Editorial Teseo, 2007, p. 155.

[133] . BOURDIEU, Pierre (1998). Practical Reason: On the Theory of Action. Stanford: Stanford University Press, 1998, p. 102.

[134] . FIRTH, Raymond (1940). The analysis of mana: an empirical approach. In: "The journal of the Polynesian society", v. 49, n. 4, December 1940. The Bobbs-Merrill Reprint Series in the Social Sciences, A-290. San Francisco (CA): Ardent Media/Internet Archive Copyright Agent, 1940, p. 489-490.

[135] . Idem, p. 490.

[136] . "Ka po'e kahico" ("The people of old" = "O povo antigo") é uma obra Samuel M. Kamakau (Bernice Pauahi Bishop Museum - Honolulu - Hawai'i, 1992) que relata de forma documentada os princípios mais relevantes da atividade diária da vida havaiana. Seu foco principal reside particularmente nos aspectos espiritual e religioso, a organização da sociedade havaiana como um todo e discutindo, por sua vez, cada classe.

[137] . MARSHALL, Wende Elizabeth (2011). Potent Mana: lessons in Power and Healing. Albany (NY): State University of New York Press, 2011, p. 71

[138] . KAME'ELEIHIWA (1992, 31) Apud MARSHALL (2011), op.cit, p. 71.

[139] . SMART, Ninian (2000). Las religiones del mundo. Madrid: Ediciones Akal, S.A., 2000, p. 168.

[140] . Idem, p. 35.

[141] . Idem, Ibidem.

[142] . No Antigo Testamento, Javé era a denominação dada a Deus (também Iavé, Jeová).

[143] . MURAD, Afonso (1994). Este cristianismo inquieto. A fé cristã encarnada, em J. L. Segundo. São Paulo: Edições Loyola, 1994, p. 39.

[144] . Idem, p. 39-43.

[145] . Idem, p. 43.

[146] . BAUMAN, Zygmunt (2001). Modernidade líquida. Plinio Dentzien (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

[147] . MALDONADO Y MACANAZ, Joaquin (1856). Un auto de fe. In: "REVISTA PENINSULAR", v. 2, n. V. Lisboa: Typographia do Progresso, Palácio do Conde de Sampaio, 1855, p. 217-218.

[148] . Aproveitando esta questão, de antemão já vale introduzir um tema que será discutido mais adiante e que é conexo a este: "A vida e a morte são coirmãs? Seriam ambas direitos fundamentais do ser humano com similar peso e relevância?". Veja no capítulo intitulado: "Direito á Vida, Direito á Morte: duas fases de uma mesma moeda".

[149] . Auto de fé: Solenidade pública inquisitorial em que se aplicam as penas aos sentenciados.

[150] . MALDONADO Y MACANAZ (1856), op.cit, p. 210.

[151] . LEA (1907) Apud CAREAGA, Martin (1998). La "Santa" Inquisición. Tijuana (MX): Martin Careaga (Paperback), 1998, p. 5.

[152] . Para outras abordagens, veja também: Christine Caldwell Ames ("Righteous Persecution...", 2009); Frank Leslie Cross ("The Oxford Dictionary of the Christian Church", 2005); Dines D'Souza ("What's So Great about Christianity", 2007); Charles Amiel & Anne Lima ("L'Inquisition de Goa", 1687); e outros.

[153] . HOMZA, Lu Ann (2006). The Spanish Inquisition - 1478-1614. An Anthology of Sources. Edited and translated by Lu Ann Homza. Indianapolis: Hackett Publishing Company, Inc., 2006, p. ix (Introduction).

[154] . KEELER, Helen (2007). 101 coisas que todos deveriam saber sobre o catolicismo: crença, prática, costumes e tradições. Tradução de Henrique Amat Rêgo Monteiro. São Paulo: Pensamento, 2007, p. 46.

[155] . LLORCA, P. Bernardino (1949). Bulario Pontificio de la Inquisición Española. En su periodo constitucional (1478-1525) - (Documentos 1-2). Roma: Pontificia Universitá Gregoriana - Facultate Historiae Ecclesiasticae, 1949, p. 22. (A tradução é textual).

[156] . Veja mais detalhes em: Gonzalo Martínez Díez, S. I., in "Bulario de la Inquisición Española - Hasta la muerte de Fernando el Católico". Madrid: Editorial Complutense, 1998.

[157] . Segundo a mitologia grega, Eros era considerado a personificação da vida, deus do amor e do desejo. Thanatos, também nessa mitologia, era a personificação da morte, possuidor de um coração de ferro e das entranhas de bronze. Freud, em sua análise das pulsões, tinha Eros como pulsão da vida e Tânatos como pulsão da morte. (MARONI, Amnéris [2001]. Figuras da imaginação: buscando compreender a psique. São Paulo: Summus, 2001, p. 153.).

[158] . MORANDIN, Leocir (2009). A transparência da eternidade no tempo de Charles Darwin. São Paulo: Ed. Revista Salto: Editora Schoba, 2009, p. 43.

[159] . Skinner faz referência á Estratégia Fabiana, i.e., á estratégia de Fabius Maximus (cônsul romano a quem coube a defesa de Roma contra a invasão de Aníbal), cujo objetivo central, como poderia parecer, não era ganhar tempo, mas sim enfraquecer o moral do exército invasor. Sabedor da superioridade militar do inimigo, sua estratégia era evitar o combate direto com os cartagineses e, assim, prolongar a guerra valendo-se de pequenos golpes com a intenção de exaurir a resistência do invasor. Em épocas históricas mais recentes ao evento ora referido, serve de exemplo a Revolução Americana, também conhecida como Guerra da Independência dos Estados Unidos (1775-1783), quando o exército norte-americano, numericamente muito inferior ao inglês e deficiente em recursos bélicos, aplicou similar estratégia sob o comando de George Washington. Com ações isolados - guerra de guerrilha e combates não convencionais -, dita estratégia acabou por minar as resistências do exército britânico, culminando com a expulsão dos mesmos, derrotados, e a proclamação da independência dos EUA. Outro exemplo emblemático mais recente ainda, foi a Guerra do Vietnã (1955-1975), quando o exército norte-americano acabou sendo derrotado e humilhado pela típica guerra de guerrilha empreendida pelo exército norvietnamita (CASSIDY, Robert M. [2003]. Por que as grandes potências combatem mal em pequenas guerras? In: "Military Review", 2º Trim. 2003. Disponível em: < http://usacac.army.mil/CAC2/MilitaryReview/Archives/oldsite/portuguese/2ndQtr03/cassidy.pdf>. Acesso em: mar.2004).

[160] . SKINNER, Quentin (1999). Razão e retórica na filosofia de Hobbes. Vera Ribeiro (Trad.). São Paulo: Fundação Editora da UNESP (FEU), 1999, p. 211.

[161] . Apud SKINNER (1999), op.cit, p. 211-212.

[162] . O Taoísmo (Tao = caminho) é uma religião baseada na filosofia chinesa, de perfil politeísta e filosófico, composta por duas vertentes religiosas. Uma vertente sustenta e pratica a meditação desritualizada e metódica, aproximando-se mais a uma ordem filosófico. A outra vertente é mais ortodoxa, privilegia o ritualismo, a renovação cósmica e o controle espiritual. Da sua simbologia principal constam os mundialmente conhecidos Yin-Yang que representam o equilíbrio e a complementaridade entre as forças naturais opostas em perfeito equilíbrio e harmonia (In: "História do Mundo", < http://www.historiadomundo.com.br/religioes/taoismo.htm>).

[163] . CHUANG TZU Apud CAVALLé, Mónica (2002). Sabiduría recobrada. Filosofía como terapia. Barcelona: Editorial Kairós, 2002, s/p.

[164] . CAVALLé (2002), op.cit, s/p. (O livro referenciado não possui numeração em suas páginas).

[165] . ROVIGHI, Sofia Vanni (1999). História da filosofia moderna - Da revolução científica a Hegel. São Paulo: Edições Loyola, 1999, p. 263.

[166] . PIÑON, Helio (2006). Teoría del Proyecto. Barcelona: Escola Técnica Superior d'Arquitectura: Ediciones UPC, 2006, p. 206.

[167] . Idem, Ibidem.

[168] . GIDENS, Anthony (1998). Política, sociologia e teoria social: encontros com o pensamento social clássico e contemporâneo. Cibele Saliba Rizek (Trad.). São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998, p. 52.

[169] . RIBEIRO, Marcus Vinicius (2012). História do Direito. São Paulo: Montecristo Editora, 2012. (Criado na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates - hoje região atual de Irã e Iraque -, pelo rei Hamurabi, da primeira dinastia babilônica, o código que leva seu nome [Código de Hamurabi] data de 1800 a 1500 a.C. e regia-se pela eternizada Lei do Talião: olho por olho, dente por dente, podendo ser considerada a primeira codificação ordenada da história humana. "As 281 normas contidas em tal legislação foram talhadas em uma rocha escura, encontrada na cidade de Susa, atual Irã. O Código trata de vários ramos do Direito: civil, comercial e criminal. A punição era diferente para cada classe social e a pena de morte era a mais comum. Ninguém podia alegar ignorância da lei como desculpa, mas poucos sabiam ler naquela época. [...] as ordálias eram comuns [provas sobrenaturais, normalmente dolorosas, em que acusados eram submetidos para que se chegasse ao juízo divino. Ex.: queimavam uma pessoa viva, se ela morresse era porque ela era culpado e Deus quis] e a pena transcendia a pessoa do infrator").

Partes: 1, 2, 3, 4


 Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 



As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.