Nenhum educador de mediano bom senso vai achar que a educação, por si só, liberta. Mas também não pode deixar de reconhecer o papel da educação na luta pela libertação.
Paulo Freire
A intenção deste trabalho é trazer para o debate a relação entre o discurso do ensino de História (capacitar o aluno para ler o seu entorno social e produzir conhecimento, ter uma ação política consciente e um olhar crítico sobre o mundo) e a sua prática no Ensino Médio (aulas em sua quase totalidade expositivas, onde o aluno é apenas um objeto a ser moldado). Propõe também uma reflexão a respeito do vestibular: não seria ele o único motivo pelo qual a maioria dos alunos no Ensino Médio se dispõe a assistir as aulas de História? Aqueles que não têm o vestibular como objetivo assistem por prazer ou como uma obrigação enfadonha? Preparar os alunos para a cidadania ou para o ingresso na universidade? Como lidar com a relação vestibular/capacidade crítica dos alunos? É possível conciliar as duas coisas? Como o ensino dessa disciplina é visto por professores e alunos do Ensino Médio na rede pública e privada?
No primeiro capítulo fiz um breve comentário acerca da trajetória do ensino de História no Brasil.
No segundo capítulo relatei como a escola foi vista por alguns teóricos e como é vista hoje por alguns educadores.
O terceiro capítulo trata da formação de professores: sua concepção de História, o que espera dos seus alunos e, em conseqüência disto, que postura adota em sala de aula.
Finalmente, no quarto capítulo, trato da questão do vestibular: sua origem e sua influência tanto no conteúdo do programa de História quanto nas expectativas dos pais, alunos e professores, além de expor o que os alunos entrevistados esperam e pensam a respeito da disciplina de História.
Apesar da ausência de um capítulo dedicado ao aluno, sua presença perpassa todo o trabalho, pois sem ele não haveria razão de ser da escola, do professor e mesmo do vestibular.
Palavras-chave: 1. Ensino 2. História 3. Vestibular
LISTA DE ABREVIATURAS
CNE – Conselho Nacional de Educação
FUVEST – Fundação para o vestibular (USP)
ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica
LDB – Lei de Diretrizes e Bases
PAIES – Programa Alternativo de Ingresso ao Ensino Superior
PIBEG – Programa Institucional de Bolsas de Ensino de Graduação
PUC – Pontifica Universidade Católica
UFU – Universidade Federal de Uberlândia
Unesp – Universidade do Estado de São Paulo
Unicamp – Universidade de Campinas
USP – Universidade de São Paulo
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