pós modernidade e novos paradigmas
novembro 2000
PÓS-MODERNIDADE
E NOVOS PARADIGMAS
Instituto Ethos Reflexão é uma publicação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, distribuída gratuitamente aos seus associados.
Agradecimento
Frei Betto, pela autorização ao uso e a reprodução do conteúdo da palestra que tratou do tema A generosidade e A capacidade de doar – seus impactos na gestão empresarial, proferida em 25 de abril de 2000, a convite do Instituto Ethos, no Pueri Domus Escolas Associadas.
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
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Somos a primeira geração televisiva da história. Nossos bisavós, tataravós e “metralhavós” não conheceram isso. A minha avó jamais poderia imaginar que, sentada no sofá da casa dela, pudesse assistir a um evento do outro lado do planeta, em tempo real.
Tempo e história
Enfrentamos, hoje, um processo de desistorização do tempo. A história que conhecemos é a história contada pelos vencedores, tanto que, a rigor, esses 500 anos de Brasil deveriam ser comemorados em Portugal, não aqui, porque foi uma vitória dos portugueses. Seria estranho, como escreveu Oded Grajew outro dia, que a República Tcheca comemorasse 50 anos da invasão nazista… De qualquer forma, isso não quer dizer que não deveríamos comemorar. A palavra comemorar é exata, não a palavra celebrar. Porque comemorar significa, etimologicamente,
“fazer memória”. Só que, aqui, se comemorou pelo viés equivocado.
Deveríamos ter obtido know-how do governo francês que, em
1989, ao comemorar os 200 anos da Revolução Francesa, conseguiu envolver toda a nação, dos segmentos mais conservadores aos mais progressistas, abrindo um leque de eventos que resgataram a memória da nação à luz da Revolução Francesa, mas sobretudo dos desafios que se apresentam hoje no contexto europeu.
Somos também contemporâneos de um outro evento, que não é novidade, mas é raridade: mudança de época. Ou seja, não vivemos apenas numa época de