VIDA E OBRA DE ANA FREUD
Nascida no dia 03 de dezembro de 1895, Anna era a mais jovem dos seis filhos de Sigmund e Martha Freud. Anna não foi desejada por sua mãe e seu pai, que após ambos decidiram, após seu nascimento, permanecer casto por não poder utilizar contraceptivos. Ela era uma criança esperta e traquina. Quando sua irmã Sophie se casou em 1913, Anna escreveu ao sei pai: “Estou alegre que Sophie se case, porque a disputa interminável entre nós é terrível para mim.” Anna teve de lutar para ser reconhecida. Não tinha a beleza de sua irmã Sophie, sentia-se inferior na família, na qual se esperava que só os herdeiros masculinos fossem talentosos para os estudos, passou a adolescência invejando a doutrina que a privava de seu pai adorado. Na idade adulta, para aproximar-se dele, decidiu entrar para o círculo de seus discípulos. Estava impedida de ir para universidade estudar medicina, tornou-se professora primária.
Em 1910, Anna começou ler o trabalho do seu pai, mas o seu primeiro contato com a psicanálise ocorreu em 1913. Por ocasião de uma viagem a Londres, encontrou-se implicada no centro das relações de seu pai com Ernest Jones. Acompanhando Loe Kann, amante de Jones então em análise com Freud, Anna foi cortejada por ele. Com a morte prematura de Sophie, Anna Freud tornou-se a figura feminina da casa paterna, ao mesmo tempo discípula, confidente e enfermeira. Quanto a Freud, não hesitou em analisá-la por duas vezes: entre 1918 e 1920 e entre 1922 e 1924.
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