Tipos de consciência

4564 palavras 19 páginas
A CONSCIÊNCIA MÍTICA, RELIGIOSA E RACIONAL

RESUMO
Filosofia é a decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência; devemos antes de aceitá-los, investigá-los. Por sua abrangência, a filosofia pode debruçar-se em vários objetos de estudo. Através da pesquisa documental, nesse artigo, observaremos três objetos de estudo da filosofia: a consciência mítica, a consciência religiosa e a consciência racional. A passagem da consciência mítica e religiosa para a racional e filosófica não foi feita de um salto. Esses tipos de consciência coexistiram na sociedade grega, assim como, dentro de certos limites, coexistem na nossa sociedade. A partir da
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Assim, sabemos que ambas existem e que são diferentes, a primeira não deforma a realidade, enquanto a segunda, voluntária ou involuntariamente, a deforma.
A vida com outras pessoas nos faz semelhantes ou diferentes em decorrência de regras de conduta e finalidades de vida. Todos os seres humanos possuem valores morais, religiosos, políticos, artísticos, vivem na companhia de seus semelhantes e procuram distanciar-se dos diferentes de que discordam e com os quais entram em conflito, portanto, somos seres conscientes e dotados de raciocínio.
Refletindo sobre o ser humano e a vida cotidiana, Marilena (2002, p. 9) define:
Como se pode notar, nossa vida cotidiana é toda feita de crenças silenciosas, da aceitação tácita de evidências que nunca questionamos porque nos parecem naturais, óbvias. Cremos no espaço, no tempo, na realidade, na qualidade, na quantidade, na verdade, na diferença entre realidade e sonho ou loucura, entre verdade e mentira; cremos também na objetividade e na diferença entre ela e a subjetividade, na existência da vontade, da liberdade, do bem e do mal, da moral, da sociedade.

2.1.2 A atitude filosófica

Imaginemos que alguém tomasse uma decisão estranha e começasse a fazer perguntas inesperadas. Em vez de “que horas são?” ou “que dia é hoje?”, perguntasse: O que é o tempo? Em vez de falar na subjetividade dos enamorados, inquirisse: O que é o amor? O que é o desejo? O que são os sentimentos? E se, em vez de afirmar que gosta

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