Teste memorial
Nome: ______________________________________________________ N.º _____ Turma: _____
Lê, com atenção, o seguinte excerto de Memorial do Convento de José Saramago:
Nove anos procurou Blimunda. Começou por contar as estações, depois perdeu-lhes o sentido. Nos primeiros tempos calculava as léguas que andava por dia, quatro, cinco, às vezes seis, mas depois confundiram-se-lhe os números, não tardou que o espaço e o tempo deixassem de ter significado, tudo se media em manhã, tarde, noite, chuva, soalheira, granizo, névoa e nevoeiro, caminho bom, caminho mau, encosta de subir, encosta de descer, planície, montanha, praia do mar, ribeira de rios, e rostos, milhares e milhares de rostos, rostos sem …exibir mais conteúdo…
3. “Não comas, que o tempo é chegado.” (linha 19)
3.1. Mostra em que medida a voz ouvida por Blimunda pressagia o desfecho da narrativa.
4. “(...) repetia um itinerário de há vinte e oito anos” (linha 22)
4.1. Explicita a referência temporal presente nesta passagem.
5. Explica de que forma, neste excerto, se cruzam a verdade histórica e a ficção.
6. Interpreta o último período do excerto transcrito.
7. Encontra, no excerto, um exemplo de: enumeração; comparação; metáfora. Grupo II
Lê, com atenção o seguinte excerto:
Naquele momento, fez um gesto e uma careta de desagrado, e começou o passeio.
— Nem sabem ser gratos àqueles que têm dado a liberdade e a vida, e continuam a dá-las, pelos direitos de todos nós. Vieram escravos, e escravos tornam. Mas alguns, que se julgavam ricos, têm de lá voltado com uma perna às costas, a toque de caixa. Os fidalgos e os doutores comem-lhes a camisa do corpo. E os parentes pobres, a inveja e a pedincha... Ninguém lhes perdoa a riqueza. E talvez tenham razão: no fim de contas, viver aqui é um privilégio, e os que lá ficaram, coitados, a passar necessidades, não podem deixar de ter inveja. Este mundo é largo, e chegava bem para todos, se soubéssemos partilhar os frutos do trabalho! O dinheiro e as coisas que ele compra só deviam servir para nos elevar, para nos dar dignidade. Daí para cima, o dinheiro é o veneno da humanidade...
José