Resumo livro O fim da história e o último homem

12114 palavras 49 páginas
O FIM DA HISTÓRIA E O ÚLTIMO HOMEM – FRANCIS KUKUYAMA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RENAN GRIJÓ BÚRIGO (MATRÍCULA: 2012-19-F)

PARTE I – UMA ANTIGA QUESTÃO REFORMULADA
Capítulo 1 – Nosso pessimismo
Um pensador honesto e sereno como Immanuel Kant podia ainda acreditar seriamente que a guerra servia aos propósitos da Providência. Depois de Hiroshima, toda guerra passou a ser considerada, na melhor das hipóteses, como um mal necessário. O santo teólogo Santo Tomás de Aquino podia argumentar seriamente em defesa da teoria de que os tiranos servem aos fins da Providência, pois se não existissem tiranos não haveria oportunidade para o martírio. Depois de Auschwitz, qualquer um que faça uso desse argumento estará blasfemando... Depois desses
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Começou a mais de uma década e meia com a queda de uma série de governos autoritários de direita no Sul da Europa (40). Outros casos de transição democrática ocorreram na América Latina nos anos 80. Muitos observadores confiavam menos na permanência das novas democracias da América Latina do que nas democracias do Sul da Europa (41). (...) a partir de um ponto baixo na escala, no começo dos anos 70, quando somente uns poucos países da América Latina eram democráticos, no começo da década de 1990, Cuba e Guiana era os únicos países do hemisfério Ocidental onde não eram permitidas eleições razoavelmente livres (41). Houve ocorrências semelhantes no Leste da Ásia (41). Numa democracia liberal o Estado é, por definição, fraco (...). Os regimes autoritários de Direita ou de Esquerda, ao contrário, procuram usar o poder do estado para interferir na esfera privada e controlá-la para diversos fins (42). A fraqueza crucial que ocasionou a queda desses Estados fortes foi, em última análise, a falta de legitimidade – ou seja, uma crise no nível das ideias. Um tirano pode governar seus filhos, os velhos, ou talvez sua mulher, por meio da força, se for fisicamente mais forte do que eles, mas não é provável que possa governar mais de duas ou três pessoas desse modo e certamente não uma nação de milhões de indivíduos (42). Como explica Sócrates na República de Platão, mesmo num bando de ladrões deve

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