Resumo: fundamentos da linguagem teatral
Assuntos: 1. Conceito do Teatro, 2. O texto, 4. Os elementos Visuais, 6. O encenador. MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo. Editora Ática, 2002, 7ª edição.
A palavra teatro abrange ao menos duas acepções fundamentais o imóvel em que se realizam espetáculos e uma arte específica, transmitida ao público por intermédio do ator. No teatro, público e ator estão um em face do outro durante o desenrolar do espetáculo. A etimologia grega de teatro dá ao vocábulo o sentido de miradouro, lugar de onde se vê. Na terminologia dos logradouros cênicos da Grécia, teatron correspondia à plateia, anteposta à orquestra e envolvendo-a como três lados de um trapézio ou um semicírculo. É nele indispensável que o público veja algo, no …exibir mais conteúdo…
Se a literatura dramática fica documentada em livro e os cenários e figurinos subsistem em fotografias e desenhos, o espetáculo é uma arte efêmera, que se realiza integralmente na sua duração. O efêmero confere ao espetáculo categoria estética especial, que pode ser uma razão a mais para o seu fascínio. Imaginar que, em poucas horas, se frustra urna comunicação artística ou se cumpre o destino do teatro, cria para esse tempo um privilégio. Sem obra dramática, não há teatro. A existência de uma peça marca o início da preparação do espetáculo. O texto, alinhado na biblioteca, sem alguém que o encene, também não é teatro. Será sempre mais fecundo pensar a arte dramática na totalidade dos seus elementos. Não se recordam exemplos de peças que sejam boa literatura e mau teatro. Embora o juízo possa parecer demasiado severo, os textos de teatro que não se definem como teatrais acabam também por enriquecer o rol da má literatura. O diálogo teatral requer um encadeamento próprio, porque deve ser transmitido pelo ator.
Sua matéria, na boca de um ser humano que o pronuncia, visa à criação da personagem. No transcurso do espetáculo, instaura-se o universo teatral por intermédio da ação de personagens em cena. O ator passou por diferentes avaliações, na história do teatro. Na Grécia, verdadeiro oficiante do culto de Dionísio, ele recebia honras públicas. Em Roma, onde o teatro não gozava do mesmo favor, o comediante era escravo, e sabe-se que certas