Resumo de A estrutura da Alma
Jung começa o texto “A estrutura da alma” com uma reflexão sobre a alma, sobre a psique, em comparação com a complexidade do homem e do mundo. Tal como o mundo, a psique não pode ser estudada ao todo devido a sua complexidade e, com isso, faz-se com ela o mesmo que se faz com o mundo: entende um segmento do mesmo para então construir seu sistema particular, o que futuramente dará a impressão de conhecer o todo. Tal ideia não se mostra de toda certa, uma vez que não se pode apreender o infinito através do finito. Entretanto, a alma é a condição indispensável de toda experiência em relação ao mundo. Com isso, Jung defende que os conteúdos da consciência são as únicas coisas que podem ser de fato …exibir mais conteúdo…
A partir disso ele volta a tratar dos sonhos, que considera pertencer aos conteúdos normais da psique, podendo ser tomado como resultado de processos inconscientes que apareceriam no “remanescente da consciência”. Tal ponderação leva ao questionamento da existência de processos ainda mais profundos e inconscientes que penetram nas regiões mais obscuras da alma, cuja existência Jung considera absolutamente possível. A teoria é de que o inconsciente irracional seria uma atividade psíquica que é independente da alma consciente e continua intocada pela experiência pessoal. Dessa maneira, seria
constituída uma atividade psíquica supra-individual, um inconsciente coletivo distinto do inconsciente pessoal. Jung ficou com a impressão de que essas camadas mais profundas do inconsciente – o inconsciente coletivo – traduzem as experiências e as transforma em temas mitológicos com o objetivo de sintomatizar uma doença na tentativa natural de cura. O inconsciente coletivo seria “formas imemoriais do espírito humano que nós próprios não adquirimos, mas herdamos desde épocas que se perdem nas brumas do passado” (JUNG, 1984). Com a existência dessa alma supra-individual, os conteúdos psíquicos perderiam seu caráter individual e passaria a ser comum a todos os homens.
Através dessas reflexões Jung chega a conclusão de que é necessário distinguir os três níveis psíquicos: a consciência; o