Ion platão
Íon, Platão
Índice
Notas Introdutórias 3
Análise da obra “Íon”, de Platão 4 e 5
Diferenças entre as duas obras 6
Conclusão 7
Notas Introdutórias
A recensão crítica que vou apresentar, tem como objectivo analisar específicamente “Íon” e fazer a comparação entre as diferenças deste diálogo e da “República”.
Antes de iniciar é necessário fazer uma pequena apresentação da obra e do autor.
Platão foi um grande filósofo e também matemático da Grécia Antiga (nasceu por volta de 428 a.C. e morreu em 346 a.C., em Atenas). Foi o criador da primeira …exibir mais conteúdo…
O filósofo vai chegar à conclusão que Íon é inspirado por uma força divina que o movimenta e entusiasma quando este declama Homero. Aliás, Sócrates acrescenta que todos os poetas são inspirados por esse poder divino e até mesmo possuídos por ele, tudo de uma forma inconsciente. A esse poder externo Sócrates vai denominar de “Musas”. Se por acaso Íon declamasse bem Homero através da técnica, também através da mesma, saberia falar de outros autores. Então, graças a Sócrates, ou antes a Platão na figura de Sócrates, chega-se á conclusão que não existe um saber específico sobre o que os poetas dizem e que estes não possuem uma técnica ou tékhne. Ou seja, apesar de os poetas declamarem coisas belas, a verdade é que não possuem um saber específico sobre o que estão a dizer.
Este diálogo contribui para a ideia de que a poesia é a produção de uma força transcendente, as musas, não sendo o rapsodo o produtor das suas poesias mas, aquele que simplesmente as canta de uma forma não consciente, visto que está possuído.
Podemos, então, fazer o seguinte esquema para simplificar o que foi explicado:
Musas Poeta Leitor
(emissor) (retransmissor) (receptor)
Ou seja, as musas vão ser aquelas que vão-se apoderar do rapsodo, tornando-o naquele que vai transmitir ao público aquilo que estas pretendem. Portanto, o poeta vai fazer a ligação entre o público e o divino, isto é, entre o emissor e o receptor. O auditório vai captar