China: Economia E Aspectos Gerais
Ainda quando o império seguia sendo auto-suficiente, viu-se obrigado a negociar com as potências expansionistas do Ocidente, as quais adquiriram uma superioridade tecnológica e uma maior riqueza e capacidade de organização graças à Revolução Industrial. À medida que avançava o século XIX, a classe dirigente chinesa, educada em uma tradição de supremacia cultural jamais questionada, não foi capaz de entender este novo desafio nem de modernizar o país. Em conseqüência , a China foi ficando cada vez mais atrasada em relação ao contexto internacional. Inclusive, caso o governo Manchu reagisse perante esta nova situação e se dispusesse a modernizar o império, não seria muito o que poderia fazer, porque os acontecimentos internos o mantinham envolvido em uma desesperada luta pela sobrevivência. A derrota chinesa na Guerra do Ópio enfraqueceu a autoridade imperial e, quando o comércio de exportação transladou-se de Cantão para Xangai exacerbaram-se os problemas econômicos no sul. Em 1850 eclodiu uma rebelião em Kuahgsi, que logo se converteu em uma insurreição total contra a dinastia, liderada pela seita dos t’ai-p’ing. O rebeldes, avançando rumo ao norte pelo vale do Rio Yang-tsé, apoderaram-se de Nanquim em 1853 e tomaram o controle de grande parte da China Central. A rebelião somente foi sufocada em 1864. A rebelião dos t’ai-p’ing foi a mais grave das grandes rebeliões que ocorreram nas décadas de 1850 e 1860 e que afetaram