Resenha "Cultura e Consumo" de Grant McCracken - Capítulos I e II

1817 palavras 8 páginas
Grant McCracken oferece em Cultura & Consumo: novas abordagens ao caráter simbólico dos bens e atividades de consumo um passeio ao longo da história do consumo no Ocidente, recuperando-a desde o período elizabetano na Inglaterra do século XVI até a produção do consumo contemporâneo. O livro é dividido em três partes: História, Teoria e Prática. Elas são compostas por um conjunto de nove “ensaios-capítulos” – escritos e organizados de forma bastante didática –, que propiciam um apanhado geral desta ligação entre cultura e consumo. Este trabalho aborda particularmente a parte I – História e seus dois primeiros capítulos.

A produção do consumo moderno é o primeiro destes “ensaios-capítulos”. Nele, McCracken descreve e analisa alguns dos
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Assim, se iniciou uma nova era de desenvolvimentos na história do consumo.

Com base nos pensamentos de McKendrick, o autor inicia a análise do consumo no século XVIII. McCracken afirma que o fator determinante para a revolução do consumo foi a competição social. O consumo era voraz. Norteado pelo modismo, visava a conquista de status. O supérfluo passa a se tornar necessidade. Diferentemente do início do “boom” consumista, as classes subordinadas à nobreza agora faziam parte da revolução do consumo. Assim, com todas as classes sociais consumindo de forma inconsequente, este período ficou conhecido como “loucura epidêmica”.
O ocidente iniciava uma época em que a ligação entre consumo e cultura era inerente. Novos profissionais surgiram com a oportunidade de manipular essa demanda, desenvolvendo a já crescente área do marketing. Existia uma relação estimulante entre os novos gostos e os novos meios de manipulá-los, de forma que ambos incentivavam a revolução do consumo do século XVIII.
Na Inglaterra da revolução do consumo, a população crescia e assim estimulava o consumo. Com isso, era mais difícil definir o status de cada indivíduo ou de cada família e a importância dos bens de moda crescia. Eles eram a essência do simbolismo de determinada classe social, fazendo com que os indivíduos supunham que o “self” era construído através do consumo e que o consumo expressa o “self”. Desta forma, os consumidores estavam todos, por necessidade, se tornando

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